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Investigado na Lava Jato está foragido em Portugal

GIULIANA MIRANDA LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) - Apontado pela Lava Jato como operador em esquemas de corrupção da Petrobras, o luso-brasileiro Raul Schmidt é considerado foragido pela Justiça portuguesa. Schmidt, que fugiu para Portugal após o início da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2018, 21:15:00 Editado em 02.02.2018, 21:15:02
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GIULIANA MIRANDA

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LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) - Apontado pela Lava Jato como operador em esquemas de corrupção da Petrobras, o luso-brasileiro Raul Schmidt é considerado foragido pela Justiça portuguesa.

Schmidt, que fugiu para Portugal após o início da operação, aguardava em liberdade pela definição de seu processo de extradição.

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Na última segunda-feira (29), as autoridades portuguesas divulgaram que não há mais possibilidade de recurso no caso e determinaram que ele fosse enviado para o Brasil.

"Saiu uma ordem de prisão e, quando eles [policiais de Portugal] foram cumprir, ele já tinha desaparecido", diz Diogo Castor de Mattos, procurador do Ministério Público Federal que acompanha o caso e participou da operação que localizou Schmidt em Lisboa, em 2016.

"É complicado, mas quando se lida com criminosos desse quilate, sabemos que se pode esperar qualquer coisa", completa.

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Os rumores de que Schmidt estaria foragido têm mais de uma semana, mas só agora foram confirmados pela Justiça de Portugal.

Schmidt estava proibido de sair de Portugal e precisava fazer apresentações semanais às autoridades, mas faltou às apresentações entregando atestados médicos.

"Tendo mandado averiguar, a polícia nunca o encontrou em casa", afirma em nota o tribunal da relação, em Lisboa.

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A defesa do luso-brasileiro nega que ele esteja foragido.

O advogado brasileiro Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que é um dos representantes de Schmidt, está em Portugal e diz que seu cliente não fugiu da Justiça.

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"Eu conversei com o advogado dele aqui hoje [em Lisboa] e ele me afirma que absolutamente não está foragido", diz.

O advogado diz que a defesa de Schmidt em Portugal ainda considera que há opções jurídicas para evitar a extradição.

Eles apontam algumas inconsistências técnicas relativas ao direito português, e entendem que há um longo caminho a ser traçado, explica Kakay.

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Schmidt responde a duas ações na Lava Jato, onde é investigado por suspeita de pagamento de propina aos ex-diretores da Petrobras Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró.

Ele foi preso em um apartamento de luxo na capital portuguesa, em março de 2016, durante a 25ª fase da Lava Jato, que levou uma equipe do Brasil para atuar em conjunto com o Ministério Público e a Polícia Judiciária de Portugal.

NACIONALIDADE

Naturalizado português em 2011, Schmidt tenta usar uma mudança na lei de nacionalidade lusa para evitar a extradição.

Desde julho de 2017, o tipo de nacionalidade dos netos de cidadãos portugueses, como é o caso de Schmidt, foi alterado.

Em vez de serem considerados naturalizados em que os efeitos da nacionalidade valem a partir da data de obtenção, eles agora recebem a chamada cidadania de origem, com efeito desde o nascimento.

Com base nisso, seus advogados afirmam que a extradição passa a ser ilegal, uma vez que Schmidt deixaria de ser naturalizado, tendo ganhado o status de português de nascença.

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