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Paulo Preto pede ao STF suspensão de acordo

RUBENS VALENTE E REYNALDO TUROLLO JR. BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes que suspenda um a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.01.2018, 21:15:00 Editado em 29.01.2018, 21:15:13
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RUBENS VALENTE E REYNALDO TUROLLO JR.

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, pediu ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes que suspenda um acordo de cooperação internacional do Ministério Público Federal com a Suíça e avoque para seu gabinete três investigações sobre ele que tramitam em São Paulo.

Entre as apurações, há um inquérito sigiloso, na 5ª Vara Federal de SP, sobre suposta corrupção no Rodoanel, obra que circunda a capital.

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Souza, tido como operador do PSDB, revelou no ofício a Mendes que a PGR (Procuradoria-Geral da República) afirma ter recebido "informações espontâneas" da Suíça sobre "supostas operações financeiras suspeitas" realizadas por ele em cinco contas bancárias no banco Bordier e em nome da offshore do Panamá "Groupe Nantes SA". Quatro contas foram abertas em julho de 2007 e a quinta, em janeiro de 2017.

A Procuradoria quer o bloqueio dos valores no Bordier, todos os arquivos de abertura e fechamento das contas e o registro das transferências, entre outros documentos.

A defesa de Souza disse na petição que "teve conhecimento" da cooperação no último dia 11 e que documentos foram "disponibilizados" a ela. A cargo do advogado José Roberto Santoro, ex-procurador da República, a defesa afirmou à Folha, sem dar detalhes, que acessou a cooperação "por via judicial".

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O pedido de cooperação com a Suíça foi feito em setembro pelo MPF em SP e entregue em novembro à Secretaria de Cooperação Internacional da PGR, que o remeteu para o Ministério da Justiça.

Até agora, não era conhecida publicamente ligação de Souza com a "Groupe Nantes". Uma firma panamenha com o mesmo nome apareceu no "Panamá Papers", investigação jornalística feita pela ONG ICIJ, de Washington (EUA).

Na documentação levada ao STF não foram informados os valores movimentados nas contas. A Folha indagou a defesa de Souza se ele mantém ou manteve recursos no Bordier, mas ela respondeu que não iria comentar.

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A documentação diz que a cooperação com a Suíça tem relação com investigações sobre o Rodoanel. Delatores da Odebrecht disseram que, pela obra, pagaram propina e caixa dois a políticos do PSDB.

O pedido de Souza foi endereçado a Gilmar Mendes porque ele é o relator, no STF, de um inquérito aberto para investigar o ministro tucano Aloysio Nunes (Relações Exteriores) e o senador José Serra (PSDB). O caso foi desmembrado em novembro a pedido da defesa de Aloysio.

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Após uma reclamação de Souza relatada por Mendes em setembro, o ministro já decidiu levar para seu gabinete um dos inquéritos abertos na Justiça Federal de SP. A apuração havia sido enviada a SP por determinação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

OUTRO LADO

A defesa de Souza, que nega irregularidades, afirmou que as investigações sobre seu cliente devem correr no STF, porque os fatos em apuração são os mesmos.

Serra e Aloysio têm negado a prática de crimes.

"Fui o primeiro a ser ouvido por minha própria iniciativa e a minha defesa é o teor da delação do delator Carlos Armando Paschoal [o CAP]. O ex-executivo da Odebrecht afirma que, em nenhum momento, pedi nem sugeri qualquer vantagem indevida", afirmou, em nota, Aloysio.

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