SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governador Geraldo Alckmin disse nesta terça (16) que não é o momento para se eleger uma figura do entretenimento nas eleições de 2018 e voltou a defender a união partidária para evitar "extremismos" que "levam à Venezuela". O governador deu a declaração em entrevista à rádio Bandeirantes.
"O Brasil não precisa de 'showman'... O Brasil precisa de quem resolva o problema", disse o pré-candidato do PSDB à Presidência.
Mais adiante, declarou que estimula novas lideranças na política, "o próprio Huck". E refletiu sobre "o que é o novo" na vida pública: "O novo é a idade? É nunca ter disputado? Nunca ter tido uma administração pública? O novo é defender o coletivo."
Com 12% da intenção de voto, no melhor cenário do Datafolha, Alckmin disse que pesquisas, a esta distância do pleito, não "têm significado".
Questionado sobre a denúncia que o Ministério Público apresentou contra o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), ex-presidente da Assembleia, no caso da "máfia da merenda", disse que Capez "vai se defender" e "tem que prestar contas".
Em relação ao "trensalão", apelido para o cartel de trens em São Paulo nos governos tucanos, Alckmin disse que "não tem nenhuma investigação" contra ele, apenas "uma delação". "Aliás, se um dia, na política, eu ficar rico, pode chamar de ladrão".
Também hoje, em escola na zona norte de São Paulo, ao ser questionado sobre a participação de Lula nas eleições, disse que "concorrente a gente não escolhe" e que está disposto a mostrar que o petista não é a melhor opção, comparando a política de Lula à realidade da Venezuela.
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