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Haddad é indiciado sob suspeita de caixa 2 em campanha de 2012

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal indiciou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e funcionários de sua campanha para a prefeitura paulistana em 2012 sob suspeita de caixa dois eleitoral. A campanha era investigada pela Operação Cifr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.01.2018, 21:35:00 Editado em 15.01.2018, 21:35:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal indiciou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e funcionários de sua campanha para a prefeitura paulistana em 2012 sob suspeita de caixa dois eleitoral.

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A campanha era investigada pela Operação Cifra Oculta, um desdobramento da Lava Jato que apura o pagamento, pela empreiteira UTC, de dívidas da chapa do petista referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões.

Segundo três delatores da Lava Jato, o ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza, o "Chico Gordo" ou "Chicão", recebeu, por meio de gráficas ligadas a ele, R$ 2,6 milhões em propina da Petrobras para pagar dívidas da campanha de 2012 de Haddad.

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O pedido para que o dinheiro fosse entregue à gráfica foi feita pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, hoje preso e condenado após ser acusado de envolvimento no petrolão. A delação do dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, serviu como ponto de partida para o inquérito.

Além do ex-prefeito, foram indiciados Souza, Vaccari, o coordenador de campanha Chico Macena e outras três pessoas que trabalhavam para uma das gráficas investigadas.

Em junho de 2017, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, São Caetano e Praia Grande.

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Dias depois, Souza prestou um depoimento em que disse que recebeu recursos em caixa dois da UTC como pagamento de serviços prestados a candidatos do PT nas eleições de 2012. No entanto, negou que tais valores serviram para quitar dívida de campanha de Haddad.

Em setembro de 2016, a reportagem mostrou que Souza foi alvo de ação na Justiça Eleitoral movida pelo PSDB para investigar a campanha presidencial da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, eleita em 2014 -o Tribunal Superior Eleitoral acabaria por negar o pedido de cassação.

A suspeita é de que a gráfica seja uma empresa de fachada -sem capacidade de produção de material para campanha- e emissora de notas frias.

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COORDENADOR

Haddad é o responsável pela coordenação do programa de governo na eventual campanha do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto.

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O ex-prefeito, derrotado ainda no primeiro turno pelo tucano João Doria em 2016, é cotado como candidato do PT à Presidência caso Lula seja impedido pela Justiça. No último Datafolha, realizado em novembro do ano passado, registrou 3% nos cenários em que foi testado. Seu nome também é considerado para a disputa do Senado.

OUTRO LADO

A assessoria de Haddad afirmou que o indiciamento "é um ato discricionário do delegado João Luiz de Moraes Rosa, que não implica em contraditório".

"Não há o mínimo indício de qualquer participação de Fernando Haddad nos atos descritos por um colaborador sem credibilidade, cujas declarações já foram colocadas sob suspeita", disse.

Para ele, o delegado "desconsiderou o depoimento do dono da gráfica, que negou ter recebido recursos da UTC para quitar dívida de campanha". "Também desconsiderou as provas que atestam a suspensão da única obra da UTC na cidade, o túnel da avenida Roberto Marinho, em fevereiro de 2013, data anterior ao suposto pagamento." O ex-prefeito diz ter "confiança" de que a ação será bloqueada.

A defesa de Vaccari disse que as dívidas da campanha de Haddad eram de responsabilidade do diretório municipal, sendo o tesoureiro responsável pelas contas nacionais do PT. Macena afirmou que a decisão do delegado "não encontra fundamento nas diligências".

Pedro Fleury, advogado de Francisco Carlos de Souza, nega a prática de lavagem. A gráfica prestou efetivamente serviços ao PT e recebeu por isso, tendo, inclusive, emitido nota fiscal".

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