RUBENS VALENTE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal dobrou o número de policiais e delegados à disposição do grupo que funciona na direção-geral para investigar os casos que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre parlamentares, ministros e outras autoridades com foro privilegiado. O número de delegados passou de 9 para 17 e o número total de policiais, incluindo agentes e escrivães, deverá sair de 24 para 56.
As informações são do delegado Eugênio Ricas, chefe da Dicor (Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado), à qual está vinculado o GINQ (Grupo de Inquéritos do STF).
Na unidade tramitam hoje 273 inquéritos sobre autoridades diversas, dos quais 124 (ou 45%) são derivados da Operação Lava Jato.
A meta, segundo Ricas, é baixar a média de duração de um inquérito sobre autoridade com foro privilegiado dos atuais 10 meses para 6 meses. Caso se confirme essa previsão, os inquéritos poderiam ser encerrados antes das eleições deste ano.
Contudo, a duração dos inquéritos também depende da PGR (Procuradoria Geral da República), que tem o comando dos inquéritos que tramitam no STF. A PGR pode pedir a qualquer momento diligências e medidas complementares tanto à PF quanto a outros órgãos públicos.
A previsão de baixar a duração dos inquéritos foi apresentada pelo diretor-geral do órgão, Fernando Segovia, à presidente do STF, Cármen Lúcia, em dezembro passado.
Segovia assumiu a PF em novembro, indicado ao cargo com apoio da cúpula do PMDB. Criticado por suas ligações com políticos, ele disse, quando assumiu, que iria ampliar as operações conduzidas pela corporação.
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