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Prefeito pede Exército para frear 'invasão' no julgamento de Lula

ANA LUIZA ALBUQUERQUE E RENAN MARRA CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), solicitou ao presidente Michel Temer a presença do Exército e da Força Nacional na capital gaúcha no dia do julgament

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.01.2018, 15:00:00 Editado em 04.01.2018, 15:00:10
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ANA LUIZA ALBUQUERQUE E RENAN MARRA

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CURITIBA, PR, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), solicitou ao presidente Michel Temer a presença do Exército e da Força Nacional na capital gaúcha no dia do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), marcado para 24 de janeiro.

Comitês de mobilização do PT organizam manifestações em todo o país em caso de condenação de Lula, que pode deixá-lo inelegível. O TRF-4 é o responsável pelo julgamento do recurso do ex-presidente no processo relativo ao tríplex em Guarujá (SP).

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No pedido, feito nesta quarta-feira (3), Marchezan afirmou que há "iminente perigo à ordem pública e à integridade dos cidadãos" de Porto Alegre, bem como risco de uma "invasão". Sem citar nomes, ele também disse que há "luta propugnadas nas redes sociais por alguns políticos, inclusive senadores".

"Devido as manifestações de líderes políticos que convocam uma invasão em Porto Alegre, tomei essa medida para proteger o cidadão e o patrimônio público", publicou o tucano nas redes sociais. À reportagem, o prefeito diz que lideranças de diversas áreas, como do sistema penitenciário e do Legislativo, têm incitado a população a se manifestar.

"O Dirceu [José, ex-ministro] é um líder de presidiários e fez uma incitação para que as pessoas venham para cá defender uma pessoa. Enquanto líder eleito, estou defendendo a minha cidade", afirma.

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Marchezan diz que, por não saber quantas pessoas irão a Porto Alegre e qual serão os ânimos na ocasião, cabia posicionamento da Prefeitura sobre o tema.

"A gente fez uma manifestação da nossa preocupação para que o governo do Estado e o federal utilizem as estruturas necessárias para garantir a integridade física do cidadão e do patrimônio público."

Questionado sobre críticas de que estaria tentando intimidar manifestantes, o tucano afirma que sua posição é legítima. "Quem quer intimidar juízes e desembargadores não sou eu. Estou no legítimo exercício da minha atividade."

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Marchezan é ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre) e crítico a petistas nas redes sociais. Em julho, o diretório municipal do PT entrou com uma representação no Ministério Público por improbidade administrativa acusando o tucano de usar recursos da prefeitura para atacar o partido.

Em um dos exemplos citados por petistas à época, há um vídeo em que Marchezan diz estar "em um dos porões da prefeitura" e ter se lembrado de Lula porque o local costumava abrigar uma cadeia.

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REAÇÃO

Após Marchezan publicar o pedido, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a atitude do prefeito é "inacreditável" e demonstra "medo do povo".

"Quem está destruindo o patrimônio público e agredindo o cidadão é o governo golpista apoiado por vocês", publicou Gleisi nas redes sociais.

Em primeira instância, Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro a cumprir pena de 9 anos e 6 meses de prisão, pela suposta prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do apartamento no litoral paulista reformado pela empreiteira OAS.

A defesa de Lula pede para que o líder petista seja interrogado pelo TRF-4. De acordo com a petição dos advogados dos ex-presidente, a oitiva é necessária porque no interrogatório do líder partidário realizado por Moro, em maio, teria ocorrido "uma verdadeira inquisição".

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