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Morre Armando Monteiro Filho, ministro de João Goulart nos anos 60

DAVID LUCENA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na manhã desta terça-feira (2), aos 92 anos, o empresário e político Armando Monteiro Filho, que foi deputado federal e ministro da Agricultura nos anos 1960, durante o governo João Goulart. Pai do atual s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.01.2018, 15:15:00 Editado em 02.01.2018, 15:15:11
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DAVID LUCENA

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na manhã desta terça-feira (2), aos 92 anos, o empresário e político Armando Monteiro Filho, que foi deputado federal e ministro da Agricultura nos anos 1960, durante o governo João Goulart.

Pai do atual senador Armando Monteiro (PTB-PE), que foi ministro no governo Dilma Rousseff, ele morreu em casa, no Recife por volta das 7h. A assessoria do senador informou apenas que a morte foi de "causas naturais".

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Armando Monteiro Filho foi dono do banco Mercantil de Pernambuco, além de outras empresas nas áreas agropecuária e comercial. Em 1994, concorreu pela última vez, ao Senado, pelo PDT. Era casado com Maria do Carmo Magalhães Queirós Monteiro, filha do ex-governador de Pernambuco Agamenon Magalhães. Ele deixa cinco filhos.

Em 1961, após a renúncia do presidente Jânio Quadros, Monteiro Filho votou a favor da emenda constitucional que instituiu o regime parlamentarista, solução encontrada na época para que o vice-presidente João Goulart chegasse à Presidência -militares eram contrários à posse de Jango como presidente.

Com o parlamentarismo aprovado em setembro, João Goulart assumiu o comando do país. Tancredo Neves foi nomeado primeiro-ministro, e Armando Monteiro Filho assumiu o Ministério da Agricultura.

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Após a renúncia do gabinete de Tancredo em junho de 1962, ele saiu do ministério, reassumindo o mandato de deputado federal.

REPERCUSSÃO

O velório será realizado na tarde desta terça no Recife. Na quarta, às 10h, haverá uma missa no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na região metropolitana do Recife, antes da cerimônia de cremação.

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A morte de Monteiro Filho gerou repercussão no meio político. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse que em nota que o ex-ministro "teve uma postura firme, democrática e corajosa no enfrentamento com a ditadura militar e foi uma referência para gerações". "Quero prestar a minha homenagem pessoal a esse grande pernambucano e me solidarizar com seus familiares e amigos."

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que "Pernambuco perdeu um dos seus mais expressivos quadros na vida política e empresarial".

"A morte de Armando Monteiro Filho nos deixa a tristeza da sua ausência. Mas fica impresso na memória do nosso Estado o exemplo da forma elevada como pautou sua atuação na vida pública", disse o senador em nota de pesar.

O deputado federal Roberto Freire (SP), presidente do PPS, disse que Monteiro Filho era "um democrata e resistente contra a ditadura e que também por isso ganhou profundo respeito político".

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