BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O dirigente partidário Julian Lemos negou todas as acusações, repetindo várias vezes que nunca agrediu a irmã ou a ex-mulher.
Segundo ele, as representações foram motivadas por momentos de "fragilidade emocional" das familiares.
"Ela não vai ser nem a primeira nem a última [a se retratar]. Ou você acha que toda Maria da Penha é aquilo ali que está escrito [na acusação]?" (...) Nunca agredi, nunca, nunca, nunca".
De acordo com o dirigente partidário --seu nome é Gulliem, mas ele prefere a simplificação "Julian"--, sua irmã já enviou a ele vídeo o isentando, mas ainda não conseguiu comparecer em juízo para se retratar pessoalmente porque está morando na Argentina.
"Eu sou inocente de fato e de direito. Ele [Bolsonaro] com certeza deve ter recebido a informação de que eu sou inocente. Sou uma pessoa muito simples. E, se for prejudicar ele, eu saio no outro dia."
Lemos afirmou defender a Lei Maria da Penha e ser contra qualquer tipo de violência doméstica. E que é "armamentista", mas só defende porte de armas para pessoas que estejam sob ameaça. Sua arma é legalizada e fica em casa, afirma.
A reportagem informou o teor da reportagem à assessoria de Bolsonaro, mas ele não quis se pronunciar.
A reportagem também não conseguiu contatar a irmã e a ex-mulher de Lemos.
Everson Coelho de Lima, um dos advogados responsáveis por entregar às autoridades as cartas de retratação das duas, afirma que elas mantêm a posição de não prosseguir com a representação.
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