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Futuro ministro pede indiciamento de Janot

TALITA FERNANDES E REYNALDO TUROLLO JR. BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A poucos dias de ocupar um dos principais ministérios do governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) atacou as investigações que atingem o presidente Michel Temer e, como relator da CPI da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.12.2017, 20:45:00 Editado em 12.12.2017, 20:45:11
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TALITA FERNANDES E REYNALDO TUROLLO JR.

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A poucos dias de ocupar um dos principais ministérios do governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) atacou as investigações que atingem o presidente Michel Temer e, como relator da CPI da JBS, propôs o indiciamento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e de seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Pelella.

Chefe da tropa de choque de Temer no Congresso, o deputado assume na quinta (14) a Secretaria de Governo, pasta responsável pela articulação política da gestão.

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"Houve uma conspiração para afastar o presidente, e a intenção da PGR era interferir na sua própria sucessão. Isso é uma atividade ilícita, para a qual cabe indiciamento", disse Marun.

Em sessão desta terça-feira (12), ele apresentou o relatório final da CPI. A previsão é que o texto seja votado na manhã de quarta-feira (13).

Ele sugere ainda que, por se tratar de "armação", as provas obtidas como desdobramento da delação da JBS sejam invalidadas.

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Gravado pelo empresário e delator Joesley Batista, Temer foi denunciado pela Procuradoria pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça. As acusações foram suspensas por decisão de maioria da Câmara e devem ser retomadas apenas quando o peemedebista deixar o Palácio do Planalto, em 2019.

Além de Janot e Pelella, os irmãos Wesley e Joesley Batista devem ser alvo de pedido de indiciamento, que também incluirá o ex-procurador Marcello Miller e o executivo da JBS Ricardo Saud. Pelo texto de Marun, nenhum político será responsabilizado, apesar de vários terem sido acusados pelo empresário de receber propina da JBS.

Mais relatórios serão apresentados na comissão. Os deputados e sub-relatores Fernando Francischini (SD-PR) e Hugo Leal (PSB-RJ) também divulgarão seus pareceres.

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Devido a divergências, integrantes da CPI devem se reunir na noite desta terça para tentar construir um acordo em torno de um único texto. Francischini e Leal querem demover Marun da ideia de indiciar o ex-PGR. Eles argumentam que não há indicativos de crime por parte de Janot. Ao fim da sessão desta terça, o peemedebista reconheceu que poderá mudar de ideia.

Quando a Câmara barrou o prosseguimento da segunda denúncia da PGR contra Temer, em outubro, Marun comemorou com uma dancinha em plenário.

DODGE

A CPI não tem poder de indiciar, mas sim de sugerir providências às autoridades competentes, como a Polícia Federal, o Ministério Público e tribunais de contas. Caberá a estes órgãos definir se seguem a orientação dos parlamentares.

Após evento no Conselho Nacional do Ministério Público nesta terça, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, limitou-se a dizer que vai analisar o relatório da CPI. Ela e Janot são vistos como adversários dentro da Procuradoria.

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