DANIEL CARVALHO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Dois dias antes de assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) apresentará nesta terça-feira (12) à CPI da JBS seu parecer em que pretende pedir o indiciamento da antiga cúpula da PGR (Procuradoria-Geral da República).
Marun disse que deverá pedir o indiciamento do ex-procurador-geral Rodrigo Janot, de Eduardo Pelella, chefe de gabinete e braço direito de Janot, e do ex-procurador Marcello Miller.
Para o deputado, ficou evidente que houve "orientação de membros da antiga cúpula da PGR para que pessoas com foro privilegiado fossem investigados sem autorização do STF [Supremo Tribunal Federal]".
Marun destacou os casos do presidente Michel Temer e do senador Aécio Neves (PSDB-MG), gravados por executivos da JBS. Para ele, Janot trabalhou pela saída de Temer para que o procurador-geral da República pudesse atuar em benefício próprio.
Pelella é mencionado em diálogos de delatores da JBS como um interlocutor da PGR. Janot e seu ex-assessor negam qualquer irregularidade.
Miller se defendeu e disse que não cometeu crime, mas admitiu ter ajudado os irmãos Joesley e Wesley Batista antes de deixar o Ministério Público.
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