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Meirelles não foi agressivo, afirma Temer

LEANDRO COLON, GUSTAVO URIBE E THAIS BILENKY BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (5) não ter considerado agressiva a declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, contra o PSDB. Em entr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.12.2017, 21:05:00 Editado em 05.12.2017, 21:05:10
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LEANDRO COLON, GUSTAVO URIBE E THAIS BILENKY

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BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (5) não ter considerado agressiva a declaração do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, contra o PSDB.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro disse que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não será o candidato do governo para a sucessão presidencial e que falta "comprometimento claro" do PSDB com as reformas.

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"Eu acho que ele fez uma declaração de acordo com as concepções dele, mas nada agressivo em relação ao PSDB. Não achei que a fala tenha sido agressiva. Foi uma análise, digamos, sociológica", disse, ao ser questionado pela Folha.

O presidente falou com jornalistas durante almoço em homenagem ao presidente da Bolívia, Evo Molares, promovido no Itamaraty.

Mais cedo, no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que Meirelles falou em nome do PSD, partido ao qual é filiado, e não do governo.

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"Eu acho que o Meirelles falou mais em nome do seu partido. A ideia do bloco [partidário] que o presidente defende não exclui ninguém e, por óbvio, não tem compromisso por enquanto com ninguém", disse.

Padilha disse não acreditar que a declaração de Meirelles possa fazer com que a bancada tucana vote contra a reforma previdenciária.

"O PSDB e o governador compreendem que há uma distinção", disse.

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As críticas de Meirelles, no entanto, aprofundaram a crise entre tucanos e o governo às vésperas da última tentativa de se votar ao menos o primeiro turno da proposta.

A avaliação no partido é de que, ao dizer que o candidato do governo à Presidência não será Alckmin e que os tucanos seguem a direção de não apoiar Temer, Meirelles se mostra "ótimo técnico, mas péssimo político".

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CONSTRANGIMENTO

Meirelles também constrangeu lideranças do próprio PSD que apoiam uma aliança com os tucanos.

O presidente nacional da legenda, ministro Gilberto Kassab (Comunicações), encabeça ala que trabalha pela aproximação com o PSDB no plano nacional mirando uma aliança em São Paulo.

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Kassab apoia eventual candidatura do senador José Serra (PSDB-SP) a governador e trabalha para ser vice na chapa. Seu grupo considera que a candidatura de Alckmin à Presidência se consolidou e terá mais chances se não houver outra chapa de centro, como defendeu Meirelles.

Para o entorno de Kassab, Temer hoje reconhece a dianteira de Alckmin, mas, tanto no seu time quanto no do governador, a aliança entre ambos não é consensual.

Procurado, Kassab não quis comentar.

O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) afirmou que Meirelles expressou uma "opinião pessoal". "Quem fala pelo PSD é o Kassab e o líder na Câmara, Marco Monte".

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), que em setembro disse torcer "muito para ver o Geraldo numa nova missão, ele está preparado", defendeu nesta terça-feira (5) "a união dessas correntes que têm responsabilidade de fazer as reformas, especialmente a da Previdência".

Colombo sugeriu que Meirelles e Alckmin componham juntos uma chapa presidencial e definam no futuro quem a encabeçaria.

"Alckmin tem viabilidade, Meirelles poderá ter. Não tem nada que impeça os dois de estarem juntos numa mesma chapa, o que seria muito bom para o Brasil", afirmou o governador.

Quanto a críticas de ambos terem perfis semelhantes, sem representação no Norte ou Nordeste, o governador catarinense disse que "não é uma questão essencial como é o posicionamento ideológico de centro para salvar o país".

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