FREDERICO VASCONCELOS
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Paulo Dimas Mascaretti encerra sua gestão com mais elogios do que críticas entre juízes e desembargadores ouvidos pela reportagem. Ele cita como principais feitos "novas práticas de governança e gestão".
"Alcançamos a integração com outros órgãos da administração, reduzindo o tempo de tramitação dos processos."
Mascaretti diz que o TJ teve recorde de produtividade. Segundo ele, "restrições orçamentárias exigiram redução de custos operacionais, limitando novas contratações e inviabilizando a adoção do tradicional modelo de ampliação de recursos para fazer frente à contínua expansão da demanda".
Como bom político profissional -no dizer um magistrado-, Mascaretti fez uma gestão para agradar a todos, evitando polêmicas ou conflitos. Soube conversar com juízes e servidores.
Reduziu a distância entre o tribunal e o primeiro grau, tornando os contatos menos formalistas. Conseguiu verbas para melhor estruturar o Judiciário, e dar aumento salarial a funcionários.
Entre os aspectos negativos, foi citada a gestão extremamente politizada, com nomeação de juízes assessores que também sobrevivem de política interna.
A atual gestão foi pouco transparente e resistente ao oferecimento de informações, como as taxas de congestionamento de cada unidade judicial e os critérios para nomeações de servidores em cada circunscrição.
Nos tempos atuais, em que o Judiciário aparece como a "Geni" do Brasil, segundo diz um desembargador, o TJ precisaria atuar nas redes sociais, muito mais do que emitir notas oficiais.
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