MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Prédio que seria para Aécio vai a leilão por 15% do valor

FÁBIO FABRINI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O prédio que Joesley Batista, dono da JBS, diz ter comprado "fazendo de conta" que valia R$ 17,3 milhões, com o propósito de repassar dinheiro a Aécio Neves (PSDB-MG), foi posto à venda em Belo Horizonte por menos

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.12.2017, 05:50:00 Editado em 05.12.2017, 05:50:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

FÁBIO FABRINI

continua após publicidade

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O prédio que Joesley Batista, dono da JBS, diz ter comprado "fazendo de conta" que valia R$ 17,3 milhões, com o propósito de repassar dinheiro a Aécio Neves (PSDB-MG), foi posto à venda em Belo Horizonte por menos de 15% do que foi pago pelo empresário.

Uma avaliação da Justiça, que determinou o leilão do bem, fixou em R$ 2,5 milhões o preço do imóvel. O lance mínimo para arrematá-lo foi ainda menor -R$ 750 mil-, valor equivalente a um apartamento de três quartos no Plano Piloto, em Brasília.

continua após publicidade

O pregão para definir o futuro do edifício, além de um lote vizinho, estava marcado para 22 de novembro, mas foi suspenso porque a J&F, holding que controla a JBS, apresentou embargos à Justiça, com pedido de liminar.

Em sua delação, Joesley disse que, a pedido de Aécio, aceitou pagar preço superfaturado pelo imóvel para cobrir dívidas de campanha do senador. O prédio era da editora Ediminas, do empresário Flávio Carneiro, ligado ao congressista. No local, funcionava o jornal "Hoje em Dia".

O negócio foi feito em setembro de 2015 e o pagamento, parcelado. "Precisava de R$ 17 milhões e tinha um imóvel que dava para fazer de conta que valia R$ 17 milhões", afirmou Joesley.

continua após publicidade

A Justiça do Trabalho mandou penhorar o prédio para quitar dívida de R$ 100 mil da Ediminas com um entregador de jornais.

A 30ª Vara do Trabalho de BH mandou suspender o leilão até, ao menos, o julgamento dos embargos da J&F. A holding argumenta que o bem já está em seu nome e que não cabe vendê-lo para quitar débitos da editora.

Embora Joesley tenha dito que o prédio foi superfaturado, a J&F contraria a versão dele e sustenta que vale R$ 18 milhões. Aécio, em nota, diz que não teve "relação com a compra ou venda do prédio", "não tendo os delatores apresentado prova da acusação".

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Prédio que seria para Aécio vai a leilão por 15% do valor"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!