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PF prende banqueiro que teria atuado para operador de Cunha

ANA LUIZA ALBUQUERQUE CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O banqueiro espanhol David Muino Suarez foi preso preventivamente pela Polícia Federal nesta segunda-feira (27), no aeroporto de Guarulhos (SP). Suarez, segundo a acusação, foi responsável pela abertura d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.11.2017, 18:35:00 Editado em 27.11.2017, 18:35:13
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ANA LUIZA ALBUQUERQUE

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CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O banqueiro espanhol David Muino Suarez foi preso preventivamente pela Polícia Federal nesta segunda-feira (27), no aeroporto de Guarulhos (SP).

Suarez, segundo a acusação, foi responsável pela abertura de contas no BSI (banco suíço) para beneficiários de esquema de corrupção na Petrobras.

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Entre eles, está João Henriques, identificado pelo Ministério Público Federal como operador de interesses do PMDB.

Segundo as investigações, a aquisição por parte da Petrobras de campo de petróleo em Benin, na África, gerou repasse de US$ 10 milhões para uma off-shore de Henriques. Desses, US$ 1,5 milhão teria sido transferido para conta do ex-deputado federal Eduardo Cunha.

As investigações também identificaram repasses para off-shore no BSI de Pedro Xavier Bastos, ex-gerente da área internacional da Petrobras.

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Em interrogatório, Xavier Bastos disse que Suarez veio ao Brasil abrir sua conta na Suíça.

De acordo com o Ministério Público Federal, Suarez não só atuou na abertura das contas, como também nas transferências.

"O fato de aparentemente atuar ou ter atuado na captação de clientes para o BSI na Suíça não é, por si só, ilegal. Mas se entre esses clientes, encontram-se agentes públicos ou da empresa estatal e que teriam recebido valores de contratos com empresas estatais, o quadro se altera", afirma Moro em despacho.

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O juiz entende que há elementos que apontam para o crime de lavagem de dinheiro, o que justificaria a prisão preventiva.

Em e-mail coletado pela Procuradoria, Suarez diz a executivo da Petrobras que já avisou ao "trading desk" para "não enviar os e-mails para seu endereço da Petrobras".

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Moro avalia que há jurisdição brasileira porque a lavagem teria envolvido crime de corrupção no Brasil, já que Suarez teria vindo ao país para realizar a abertura de contas.

"Em todo o caso, sendo estrangeiro não-residente, caso ele deixe o país, a aplicação da lei penal estará em risco, já que a investigação e a persecução serão dificultadas (...) Não vislumbro, no momento, outra possibilidade de prevenir o risco à aplicação da lei penal, senão pela preventiva."

Moro já autorizou a transferência de Suarez para a carceragem da PF em Curitiba.

A prisão preventiva do banqueiro foi expedida em outubro deste ano.

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