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Ex-secretário diz que recusou dinheiro vivo oferecido por Cabral

ITALO NOGUEIRA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-secretário da Casa Civil do Rio Régis Fichtner afirmou em depoimento à Polícia Federal na quinta-feira (23) que recusou dinheiro em espécie oferecido pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) por serviço

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.11.2017, 18:45:00 Editado em 24.11.2017, 18:45:11
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ITALO NOGUEIRA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-secretário da Casa Civil do Rio Régis Fichtner afirmou em depoimento à Polícia Federal na quinta-feira (23) que recusou dinheiro em espécie oferecido pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) por serviço advocatícios oferecidos pelo escritório de sua família.

Fichtner declarou que a firma de sua família -da qual ele ficou afastado enquanto esteve no governo (2007 - 2014)- atuou de graça para o ex-governador e outros políticos aliados.

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O ex-secretário foi preso na Operação C'est fini, sob suspeita de receber propina do esquema de Cabral. A contabilidade paralela de Luiz Carlos Bezerra, apontado como o responsável por recolher e distribuir o dinheiro da organização criminosa, indica que R$ 1,6 milhão foram repassados a Fichtner -sob o apelido de "Alemão" e "Gaúcho".

Em depoimento à PF obtido pela reportagem, o ex-secretário negou que tenha recebido qualquer dinheiro em espécie das mãos do ex-assessor de Cabral. Declarou ainda "que considera Bezerra como um desafeto, uma vez que foi demitido pelo depoente quando lotado na sua secretaria".

Bezerra ocupou cargo comissionado na Casa Civil estadual entre 2007 e 2010. O ex-secretário afirmou que o demitiu.

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"Essa demissão foi em virtude do mesmo não ter se adaptado às necessidades técnicas de sua secretaria", declarou Fichtner. Ele relatou que o afastamento gerou "aborrecimento" em razão do relacionamento pessoal de Bezerra com o ex-governador, amigos de infância e compadres.

O ex-secretário disse, então, que Cabral "já havia oferecido pagamentos em espécie" pela atuação do escritório da família em processos. Ele diz que esse serviço é prestado desde 1998, sem cobrança de honorários.

Segundo a Folha apurou, a firma deixou os casos em fevereiro, meses após a prisão de Cabral.

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No depoimento, Fichtner dá sua versão sobre pontos considerados suspeitos pelo Ministério Público Federal e o juiz Marcelo Bretas.

Em relação à compensação de precatórios para pagamento de dívidas no Estado, ele afirma que a proposta para elaboração da lei partiu da Secretaria de Fazenda, aprovada na Assembleia Legislativa do Rio. Segundo ele, o objetivo era reduzir o estoque de precatórios não pagos pelo governo.

Fichtner também explicou os honorário de R$ 16 milhões pagos a ele pelo escritório de sua família em 2014. A Procuradoria levanta suspeitas sobre a transferência por ter sido no ano em que ele saiu do governo e foi reintegrando à banca.

De acordo com o ex-secretário, o pagamento se refere a um serviço prestado em 2001, quando ainda estava no escritório, à empresa Termorio. O contrato não foi quitado e a disputa judicial só foi concluída em 2014, quando ocorreu a transferência.

Fichtner está preso preventivamente na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, junto com Cabral.

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