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Ex-secretário de Cabral e empresários são alvo de operação da PF no Rio

ITALO NOGUEIRA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação C'est fini para prender o ex-secretário da Casa Civil do Rio Régis Fichtner e os empresários Georges Sadala e Maciste Granha de Mello

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.11.2017, 08:05:00 Editado em 23.11.2017, 08:05:05
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ITALO NOGUEIRA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (23) a Operação C'est fini para prender o ex-secretário da Casa Civil do Rio Régis Fichtner e os empresários Georges Sadala e Maciste Granha de Mello Filho. O empresário Fernando Cavendish está sendo conduzido coercitivamente e Alexandre Accioly intimado a depor.

As investigações apontam fraudes no pagamento de precatórios no Rio. Fichtner era o coordenador do chamado Refis estadual, que vigorou entre 2010 e 2012, no qual o Estado concedia isenção na multa e desconto nos juros sobre impostos em atraso.

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O pagamento poderia ser feito com depósito em dinheiro ou através de precatórios -título emitido pela Justiça quando o Estado é condenado a pagar certa quantia. A lógica do encontro de contas é simples: o governo abre mão da dívida e, ao mesmo tempo, quita o precatório.

Em 2014, a Folha de S.Paulo revelou que o comércio de precatórios do Rio se intensificou em razão do programa e movimentou mais de R$ 1,7 bilhão. Até indenizações a parentes de pessoas mortas pela polícia do Rio foram usadas para pagar, com desconto, dívidas de empresas com o Estado.

SUSPEITOS

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Fichtner era o único secretário do "núcleo" da gestão Cabral que ainda não havia sido preso.

Ele já havia sido citado em depoimento do "carregador de malas" do peemedebista Luiz Carlos Bezerra. Ele afirmou ter levado dinheiro vivo para o advogado Régis Fichtner, chefe da Casa Civil, durante toda a gestão do peemedebista. De acordo com o relato, ele fez quatro entregas de R$ 100 mil ao ex-secretário no Palácio Guanabara e em seu escritório de advocacia.

Sadala, por sua vez, é mais um integrante do que ficou conhecida como a "gangue dos guardanapos" a ser alvo da Operação Lava Jato. A expressão é uma referência a uma foto feita numa festa em Paris em homenagem a Cabral, após ele receber a medalha da Legião d'Honneur do Senado francês.

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O empresário, também conhecido como "Gê", é investidor do mercado financeiro e era sócio de um consórcio com contratos com o Estado.

Ele foi sócio do consórcio Agiliza Rio, responsável pelo programa "Poupa Tempo", que reúne órgãos oficiais para facilitar a obtenção de documentos. A empresa recebeu R$ 132,5 milhões entre 2009 e 2015.

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Além disso, é também representante do banco BMG no Rio, que negociava crédito consignado para servidores estaduais.

Maciste, vizinho de Cabral, também foi citado por Bezerra em depoimento. Ele disse que ia ao apartamento do empresário, sócio da Macadame, construtora que somou R$ 103 milhões em contratos na administração do peemedebista. Segundo Bezerra, os valores recolhidos com o empresário variavam de R$ 100 mil a R$ 200 mil.

Cavendish, conduzido coercitivamente, é réu em ação penal decorrente da Operação Saqueador. Em interrogatório este ano, ele reconheceu ter pago propina a Cabral.

O nome da Operação C'est fini, desdobramento da Lava Jato, é uma referência à festa promovida em Paris em que Sadala e Cavendish dançaram com guardanapos na cabeça junto com os ex-secretários estaduais Sérgio Côrtes e Wilson Carlos, ambos presos pela Lava Jato.

Embora signifique "acabou", outro personagem que usou guardanapo ainda não foi alvo das investigações. É o ex-secretário municipal de Urbanismo Sérgio Dias.

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