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Pressionado, Temer recua após definir Marun na articulação

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer decidiu adiar a troca do seu articulador político para evitar atritos com a ala do PSDB que mantém apoio ao governo às vésperas de uma nova tentativa de votação da reforma da Previdência. Temer havia d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.11.2017, 21:15:00 Editado em 22.11.2017, 21:15:07
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer decidiu adiar a troca do seu articulador político para evitar atritos com a ala do PSDB que mantém apoio ao governo às vésperas de uma nova tentativa de votação da reforma da Previdência.

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Temer havia definido a substituição de Antonio Imbassahy (PSDB-BA) pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) na Secretaria de Governo, mas a reação tucana levou o presidente a manter o ministro no cargo por enquanto.

Sob apelos do ministro e do senador Aécio Neves (MG), Temer deve esperar os desdobramentos das articulações para votar a reforma e aguardar a convenção do PSDB, marcada para 9 de dezembro, quando a sigla pode aprovar uma manifestação expressa de desembarque do governo.

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Imbassahy perdeu força no cargo depois que partidos da base aliada de Temer passaram a cobrar sua saída, com o argumento de que o PSDB deixou de dar sustentação ao presidente.

Temer atendeu aos pedidos dessas siglas e decidiu contemplar o PMDB com uma indicação para a Secretaria de Governo, posto-chave do Palácio do Planalto.

Ao definir a substituição, Temer atende às cobranças dos partidos do "centrão" e do próprio PMDB, que se queixam de ter participação limitada no primeiro escalão.

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A bancada do PMDB fechou apoio ao nome de Marun na terça (21). Auxiliares diretos de Temer confirmaram, em caráter reservado, que ele tomaria posse nesta quarta (22).

O vazamento da informação, no início da tarde, irritou tanto os tucanos como o próprio presidente --que não havia comunicado a substituição a Imbassahy e ao PSDB.

Horas antes, Temer havia recebido Aécio para pedir sua ajuda na articulação de votos da bancada tucana para aprovar a reforma da Previdência.

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Quando a informação sobre a escolha de Marun passou a circular, Imbassahy estava em uma reunião da cúpula do PSDB tentando convencer os dirigentes a aprovar um apoio formal à proposta.

Temer já havia sido avisado por dirigentes do PSDB que o ministro estava pronto para deixar a pasta, mas os tucanos faziam apelos para que a saída se desse de forma "elegante".

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Aécio disse à reportagem que o PSDB não se envergonha de ter participado do governo e trata o desembarque como certo, ressaltando apenas que é preciso ter cuidado com a forma como isso vai ocorrer.

"Assim como entramos pela porta da frente, temos que sair pela porta da frente, de forma respeitosa", disse.

Por ordem de Temer, o Planalto emitiu uma nota em que reiterava a permanência de Imbassahy no cargo.

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Minutos depois, o Planalto cometeu uma gafe e chegou a informar em uma rede social que Marun assumiria a Secretaria de Governo na mesma cerimônia de posse do novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy. A mensagem foi apagada em poucos minutos.

Temer chamou Imbassahy para uma conversa no meio da tarde. Segundo a reportagem apurou, o presidente negou que a substituição estivesse definida, mas disse que manterá conversas com sua base sobre a melhor solução para a articulação política do governo, no prazo adequado.

Marun continua sendo o favorito e Temer permanece determinado a delegar a escolha do novo ministro ao PMDB.

O deputado disse que "ainda" não foi convidado "oficialmente" por Temer. "Vou acompanhar e continuo desempenhando minhas funções de deputado federal. Se vier a ser convidado, estou à disposição do presidente."

Na conversa com Aécio, de acordo com aliados do peemedebista, o presidente teria explicado a situação delicada em que está para acomodar os interesses da base na Câmara.

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