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Maia diz que recorrer a medida provisória é pensar como ditador

FERNANDA WENZEL PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), criticou o uso de medidas provisórias pelo presidente Michel Temer. Para ele, recorrer às MPs não ajuda a democracia e se assemelha à forma como age

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.11.2017, 17:25:00 Editado em 20.11.2017, 17:25:10
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FERNANDA WENZEL

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PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), criticou o uso de medidas provisórias pelo presidente Michel Temer. Para ele, recorrer às MPs não ajuda a democracia e se assemelha à forma como age um ditador.

"Pensando que um ditador é assim. Ditador faz aquilo que pensa, certo ou errado, sozinho. A MP é isso durante quatro meses. Por isso o que eu acho no futuro tem que acabar com a medida provisória porque ela não ajuda a democracia brasileira", disse Maia, durante evento nesta segunda-feira (20), em Porto Alegre.

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Na última semana, Temer editou uma MP que altera pontos da reforma trabalhista, que havia entrado em vigor quatro dias antes. Maia, que queria que a alteração fosse feita através de um projeto de lei, afirmou que este é um instrumento que vem de sistema autoritário de governo.

O presidente da Câmara disse ainda que o que mais lhe assusta é que até agora nenhuma central sindical tenha vindo questionar a atitude do governo. "A partir daí qualquer presidente pode entrar e fazer uma reforma trabalhista por medida provisória. Será que é isso que nós queremos?".

Apesar das críticas, Maia afirmou que a Medida Provisória que altera a reforma trabalhista deve ser votada dentro de no máximo quatro semanas pela Câmara dos Deputados. Apesar de ter validade imediata, ela precisa ser aprovada pelo Congresso para continuar em vigor após o prazo de quatro meses.

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REFORMA DA PREVIDÊNCIA

A defesa da reforma da Previdência foi o ponto principal do discurso de Maia, que trabalha com a ideia de aprovar um texto que represente ao menos 50% do original. Maia destacou a necessidade de discutir a inclusão dos membros das Forças Armadas e das polícias militares na reforma.

"São dois temas que vão ter que ser tratados, principalmente das polícias militares. A gente não tem mais condição de ter na reserva, como a gente têm em São Paulo, 1.800 coronéis e oitenta na ativa. Isso do ponto de vista fiscal é inviável".

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Os policiais militares foram excluídos do projeto de reforma da Previdência no final do ano passado. Já a situação das Forças Armadas, segundo Maia, ainda está sendo discutida internamente pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Perguntado sobre a escolha de seu amigo pessoal, deputado federal Alexandre Baldy, para assumir o Ministério das Cidades, Maia negou que a indicação tenha relação com a sua disposição em ajudar o governo a aprovar a reforma da previdência.

ELEIÇÕES

Maia defendeu que o Democratas tenha candidatura próprio à Presidência, e que o nome mais preparado do partido seria o de ACM Neto, prefeito de Salvador.

"Para governador hoje é favorito, mas se ele topasse um sonho maior, uma campanha presidencial, ele é um nome muito forte."

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