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Discussão política marca lançamento de revista de J.R. Duran na Faap

IVAN FINOTTI SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma mesa redonda com o ex-ministro e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e o filósofo e colunista da Folha de S.Paulo Luiz Felipe Pondé marcou o lançamento da 10ª edição da "Rev.Nacional", editada e fotog

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.11.2017, 15:50:00 Editado em 13.11.2017, 15:50:06
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IVAN FINOTTI

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma mesa redonda com o ex-ministro e pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e o filósofo e colunista da Folha de S.Paulo Luiz Felipe Pondé marcou o lançamento da 10ª edição da "Rev.Nacional", editada e fotografada por J.R. Duran.

O evento aconteceu na manhã de segunda-feira (13), na Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), onde Pondé é professor na faculdade de comunicação.

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Ele e Ciro Gomes fazem parte dos retratados por Duran nessa edição da revista, que traz na capa as Fernandas Torres e Montenegro e, dentro, o prefeito de São Paulo, João Doria, o músico Tom Zé, a escritora Fernanda Young, o escritor Julián Fuks e o cantor Sidney Magal, entre outros, além de dez páginas com o impressionante Real Gabinete Português de Leitura, que comemora 180 anos no Rio de Janeiro.

A revista, impressa semestralmente pela gráfica Ipsis, tem 144 páginas e custa R$ 90. Pode ser comprada em qualquer loja da Livraria da Vila.

J.R. Duran começou a mesa-redonda apresentando a "Rev.Nacional": "É como um unicórnio. Todos sabem que existe, mas poucas pessoas viram". Apresentou, então, dezenas de fotos que estamparam as dez edições da publicação nos últimos sete anos, pontuando as imagens com comentários bem-humorados, arrancando risadas da plateia que lotou o auditório de 320 lugares.

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POLÍTICA

Em seguida, foi a vez de Luiz Pondé e Ciro Gomes discutirem "Os Novos Rumos do Brasil", tema do encontro e, a partir de então, as palavras "foto", "fotografia" e "imagem" foram esquecidas. Só se falou em política. Pondé iniciou lembrando que há duas formas de ver a política: a irrestrita e a restrita.

A forma irrestrita, sem limites, aposta que a política pode resolver problemas de grande abrangência, e que o ser humano muda com essas melhorias. "Com resultados cada mais vez mais ajustados, está incutida a crença de que os homens são passíveis de aperfeiçoamento. Entre os autores que seguem essa linha estão Rousseau e Karl Marx."

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Já para a forma restrita, a política é a prática da negociação. Essas negociações, o toma lá, dá cá, produzem certos resultados: perde-se aqui, ganha-se ali, e levam em conta vaidades, interesses, pequenas e grandes corrupções.

"Essa forma restrita acredita que a política caminha devagar, sem nunca chegar à solução definitiva. Adam Smith e David Hume seguem essa linha", disse Pondé.

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CARICATO

Ciro Gomes falou em seguida: "Quero dar exemplos. Nos anos 1980, o Brasil tinha 1% do comércio do mundo e a China também. Hoje temos ainda 1%, e a China tem 12,5%. Seja como funcione a política, de forma restrita ou irrestrita, para o Brasil ela significa estagnação e, para a China, progresso."

"No Brasil, hoje, seis famílias tem a renda de 100 milhões de brasileiros, e mesmo assim cobramos 4% de imposto sobre heranças, enquanto em países desenvolvidos a taxa é de 40%. Antes de discutir o restrito ou irrestrito, acredito que é possível aplicar um projeto de um Brasil menos caricato", afirmou o político.

Duran fez a primeira pergunta aos dois, que deu o tom das seguinte: "A cada seis ou oito anos, sentimos um 'agora vai' no Brasil, mas nunca vai. Como resolver isso? Macumba, talvez?"

Para Ciro Gomes, é preciso manter capital doméstico, fazer as universidades trabalharem organicamente com as indústrias e investir em pessoas.

Para Pondé, a democracia está em estado de desorientação. "2018 pode ter uma eleição definida pelas mídias sociais, como foi a dos EUA. Uma plataforma de baixo nível, com reprodução de frases feitas. Temos dois populistas, um de esquerda e um de direita, e um centro no qual ninguém se destaca para nos livrar desses populistas."

Duran finalizou exemplificando seu desânimo: "o Brasil parece aquele monumento do Ibirapuera. O pessoal empurra o barco, empurra, empurra. Mas então, parece que o cara sente que fez o suficiente, cansou, como se fosse 'vou ali fumar um cigarro, ok?'."

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