MAIS LIDAS
VER TODOS

Política

Brasil está ficando muito chato, diz senador em congresso do MBL

JOELMIR TAVARES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Convidado de uma das mesas de debate do 3º Congresso do MBL (Movimento Brasil Livre), o senador José Medeiros (Pode-MT) foi aplaudido pela plateia do evento neste domingo (12) ao criticar o que chama de "patrul

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.11.2017, 21:40:00 Editado em 12.11.2017, 21:40:09
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

JOELMIR TAVARES

continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Convidado de uma das mesas de debate do 3º Congresso do MBL (Movimento Brasil Livre), o senador José Medeiros (Pode-MT) foi aplaudido pela plateia do evento neste domingo (12) ao criticar o que chama de "patrulhamento".

"Tá até difícil viver no Brasil. O país está ficando chato", disse ele antes de citar como exemplos desse fenômeno os afastamentos pela TV Globo do jornalista William Waack -após a divulgação de um vídeo com uma fala racista sua- e do ator José Mayer -acusado de assédio sexual por uma figurinista.

continua após publicidade

Também participavam do painel o vereador da capital Fernando Holiday (que é um dos fundadores do MBL, filiado ao DEM e negro) e o secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) Rodrigo Garcia, da pasta da Habitação.

"Que me desculpem aí, Fernando, olha, não sou racista. E também não estou fazendo defesa da bobeira que o William Waack fez. Mas, pelo amor de Deus, aquilo não é o fim do mundo", discursou Medeiros. "Nós não podemos falar nada, com esse patrulhamento."

Ele considera que uma suspensão de 15 dias, no caso do jornalista, seria suficiente para reparar a "besteira".

continua após publicidade

"O Zé Mayer foi considerado [acusado de] assédio, 'tá acabado'. Não estou falando que a imprensa não deva ficar [em cima]. Mas, ao mesmo tempo que essas pessoas fazem esse patrulhamento, vão lá para o Senado defender que uma criança de seis anos pode ir para uma exposição e apalpar um homem nu", afirmou, sob aplausos.

Era uma referência do parlamentar à polêmica da performance no MAM, atacada após uma onda de protestos puxada pelo MBL, por envolver um artista pelado e uma menor de idade. "Isso não foi arte nem nas orgias lá na Grécia antiga", disse o senador.

A mesa, para discutir o papel do Legislativo na modernização do Brasil, foi uma das atividades do segundo dia do congresso, que reúne membros do movimento e admiradores em um centro de convenções em São Paulo.

continua após publicidade

No sábado (11), um dos participantes foi o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP). As pautas, com variações, giraram em torno da "[defesa do liberalismo econômico, das críticas ao PT e à esquerda e do apoio às reformas conduzidas pelo governo Michel Temer (PMDB-SP).

"LEIS DEMAIS"

continua após publicidade

Também no debate deste domingo, José Medeiros e Rodrigo Garcia -que é filiado ao DEM e deputado federal licenciado- criticaram o "problema do excesso de leis" no Brasil, que na visão deles tende mais a prejudicar empresas e cidadãos do que a simplificar o dia a dia.

"[Existe] a falsa ideia de que isso [um deputado aprovar muitos projetos] é a produtividade legislativa. Pelo contrário. Um dos grandes problemas do Brasil é este: a quantidade de regras e normas que acabam travando o país", disse Garcia.

"Nós precisamos começar a tirar leis", afirmou Medeiros. "Todos nós que estamos aqui somos criminosos em potencial, ou já infringimos alguma dessas 600 mil leis."

O senador atacou ainda a ideia de que "o Estado pode ser o pai de todos" os cidadãos, enquanto fazia o discurso de que é preciso reduzir serviços em áreas como saúde e educação, como forma de corte de gastos e incentivo à iniciativa privada.

"Nesses serviços essenciais eu vejo que nós vamos ter que fazer, em algum momento... Não dá para falar nisso agora senão vão falar assim: 'esse nazista', 'esse fascista', 'essa elite branca' e o diabo a quatro. Mas o caso é que o Estado não dá conta", afirmou Medeiros.

O senador pelo Mato Grosso disse ainda que ouve de empresários e representantes do agronegócio do Estado a queixa de que se sentem "tratados como criminosos" em razão da burocracia e da intervenção de órgãos públicos, segundo o relato do político.

Outro ponto de sua fala foi sobre existir "muita ideologização" nas iniciativas que envolvem indígenas e regulamentação de terras protegidas. Sem especificar nomes, Medeiros mencionou "procuradores" do Ministério Público que colocam obstáculos para projetos que interfiram nos direitos dessas comunidades.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Política

    Deixe seu comentário sobre: "Brasil está ficando muito chato, diz senador em congresso do MBL"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!