WÁLTER NUNES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "O Fernando Segóvia é um homem de time." A definição de Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, sobre o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF) pode ser levada ao pé da letra.
O delegado é o atacante do time dos Veteranos da PF e no futebol veste a mesma camisa dos peritos, papiloscopistas, escrivães e agentes.
Fora do campo ele é considerado agregador, adjetivo comum usado pelos policiais ouvidos pela reportagem. "Ele é muito participativo, é simples, se relaciona facilmente com todas as categorias", diz Sandro Avelar, presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia.
Segóvia vai assumir a entidade num momento de animosidade entre delegados e funcionários das outras carreiras da PF. Nos últimos anos não foram raros os protestos em que agentes colocavam pianos de papelão em frente às delegacias para passar o recado de que carregam o instrumento pelos delegados e não são valorizados.
A indicação de Segóvia para o comando da PF ganhou o apoio de cinco associações de policiais federais. Só a Associação dos Delegados da Polícia Federal queria que o diretor-geral saísse de uma lista tríplice de seus associados.
"O ministro da Justiça viu o escolhido pelo governo ser apoiado publicamente por várias entidades da PF. Isso trouxe conforto à escolha e minou a tentativa da associação de delegados de impor um nome escolhido apenas por seus pares", afirmou Luiz Antônio Boudens, presidente da Fenapef.
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