THIAGO RESENDE
PISTOIA, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a comitiva que o acompanha em viagem internacional participaram de uma cerimônia, em Pistoia (Itália), em homenagem aos militares brasileiros mortos em batalhas da Segunda Guerra Mundial no norte do país europeu.
Em discurso, Maia disse que o Monumento Votivo Militar Brasileiro, construído nos anos 1960 em memória dos 465 combatentes que morreram na região, "é uma terra sagrada" e um pedaço do Brasil na Itália.
Por ano, 800 pessoas, em média, visitam monumento. O local, no entanto, saiu do roteiro dos governantes brasileiros. José Sarney e Fernando Collor foram os últimos presidentes que visitaram o memorial.
Maia foi o primeiro presidente da Câmara a realizar uma visita oficial, relatou o administrador do monumento, Mário Pereira, que, além de cuidar da manutenção, busca divulgar e manter essa parte da história do país viva.
A parada de um dia na Itália teve influência do deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos mais próximos de Maia, que visitou o local há cerca de dois anos.
Maia e Heráclito costuram a criação de um novo partido que integraria o DEM e dissidentes de outras siglas, principalmente o PSB.
A nova legenda, segundo a previsão de Heráclito, poderá alcançar uma bancada de 50 deputados até o fim do ano. "Ainda estamos discutindo o nome, mas o partido deve ser lançado muito em breve", disse à reportagem.
A viagem tem sido criticada por acontecer em um momento crítico da política brasileira e pelo fato de ter sido custeada em parte pelos cofres públicos. Participam Maia e nove deputados.
Eles estiveram em Israel e territórios palestinos antes da Itália.
Ao todo, cada deputado receberá US$ 2.750 (R$ 8.921). Ou seja, só as diárias, somadas, custarão quase R$ 90 mil aos cofres públicos.
Da Itália, a comitiva liderada por Maia segue para Lisboa, onde há encontro com diplomatas brasileiros e uma palestra de encerramento do 4º Seminário Internacional de Direito do Trabalho.
O sábado é reservado apenas para "agenda privada" em Lisboa.
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