ANA LUIZA ALBUQUERQUE
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O juiz Sergio Moro condenou nesta terça-feira (31) o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Pedro Augusto Xavier Bastos a 11 anos e dez meses de prisão. Ele foi considerado culpado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Bastos, segundo a denúncia, recebeu US$ 4,8 milhões em propina em contrato de exploração de petróleo no Benin, país africano, por meio de conta secreta no exterior.
Moro disse que Bastos é "cúmplice" do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), que foi condenado em março no mesmo negócio.
Também na terça, o juiz soltou um dos réus indicados pelo Ministério Público como operador de propina para Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil. A Procuradoria pedira a substituição da prisão preventiva de Antônio Carlos Vieira da Silva por medidas cautelares. Ele estava detido desde julho deste ano.
Antônio e seu irmão, André Gustavo Vieira da Silva, sócios na Arcos Propaganda, teriam recebido em nome de Bendine R$ 3 milhões da Odebrecht para proteger a empreiteira em contratos da Petrobras, em 2015.
O réu está proibido de deixar o país, devendo entregar o passaporte, e de contatar os demais acusados (salvo familiares). Ele é obrigado a comparecer a todos os atos do processo judicial.
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