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Delator diz que não reclamou de propina porque estava na Caixa por currículo

FÁBIO FABRINI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-vice presidente de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, delator da Lava Jato, disse em depoimento nesta quinta-feira (26) que não reclamava de sua parcela nas propinas obtidas no banco pú

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.10.2017, 16:40:00 Editado em 26.10.2017, 16:40:13
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FÁBIO FABRINI

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-vice presidente de Fundos e Loterias da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, delator da Lava Jato, disse em depoimento nesta quinta-feira (26) que não reclamava de sua parcela nas propinas obtidas no banco público porque estava no cargo para turbinar o currículo.

Cleto está sendo interrogado na 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, na ação em que é réu por participação no esquema de corrupção na Caixa. Além dele, são acusados na ação os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além do corretor Lúcio Funaro. Os dois últimos participam da sessão.

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Questionado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira se achava justo ficar com 4% dos subornos pagos por grandes empresas ao grupo de Cunha e Alves, Cleto respondeu: "Nunca fiz esse questionamento, porque meu objetivo era passar quatro anos na Caixa, valorizar meu currículo, sair de lá e voltar para o mercado privado, onde eu sempre tinha ganhado bastante dinheiro em grandes instituições".

Cleto disse que tinha consciência de que o "lugar para ganhar dinheiro com consciência limpa" era o mercado privado. "Então, apesar de receber 4% da propina arrecadada, nunca questionei querendo ganhar mais do que isso", comentou.

Cleto -que foi vice na Caixa de abril de 2011 a dezembro de 2015, por indicação de Cunha- reiterou informações de sua delação premiada, na qual admitiu que o ex-deputado fluminense, atualmente preso pela Lava Jato, e seu grupo recebiam vantagens de grandes empresas em troca de liberar investimentos da Caixa. Ele explicou que Cunha ficava com 80% dos valores ilícitos, Funaro com 12% e Alexandre Margotto, parceiro de negócios do corretor, com 4%.

Cleto reafirmou que informava Cunha e Funaro sobre as empresas que procuravam a Caixa em busca de aportes de recursos. Após os dois negociarem pagamentos com as interessadas, o então vice-presidente era orientado a dar andamento aos processos. No caso das que não pagavam, os projetos travavam.

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