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ATUALIZADA - Congresso tem agido com maturidade, diz Gilmar Mendes

REYNALDO TUROLLO JR. BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse nesta quarta-feira (25), dia da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, que o país enfrenta problemas sérios,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2017, 20:55:00 Editado em 25.10.2017, 20:55:06
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REYNALDO TUROLLO JR.

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse nesta quarta-feira (25), dia da votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, que o país enfrenta problemas sérios, mas que o Congresso "tem mostrado grande maturidade institucional" em momentos importantes como este.

"O Brasil tem passado por solavancos, sobressaltos, mas tem dado sinais de forte institucionalidade. Acho que esse é o dado positivo, a despeito dos problemas que temos enfrentado --e temos enfrentado problemas sérios. Temos conseguido manter as instituições em funcionamento", disse Gilmar, ainda antes da votação da denúncia contra Temer.

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"O Congresso, em momentos importantes, tem mostrado grande maturidade institucional", declarou, em resposta a jornalistas que perguntaram sobre a votação.

A entrevista foi no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), após Gilmar, que também é presidente desse tribunal, se reunir com os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) para discutir medidas de combate à eventual participação do crime organizado nas eleições do próximo ano.

Convidada para o encontro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não compareceu. Segundo Gilmar, ela teve uma indisposição.

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'ENVERGONHADOS'

Questionado sobre uma eventual fragilização da denúncia contra Temer por causa dos problemas da delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista, Gilmar disse que não emitiria juízo, mas aproveitou para alfinetar colegas.

A delação enfrentou críticas depois que, em setembro, vieram à tona áudios dos delatores que puseram sob suspeita o ex-procurador Marcello Miller, que trabalhou com o ex-procurador-geral Rodrigo Janot até o ano passado.

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"Os senhores se lembram de que, em junho, alguns dos nossos colegas chegaram a dizer que aquele acordo era um acordo eterno, que bastava o relator deixar cair a caneta que a única discussão era a discussão sobre a execução ou não, o cumprimento ou não do acordo por parte do colaborador. Os senhores viram que foi um sonho de uma noite de verão", disse.

No julgamento de junho, ao qual Gilmar se referiu, a maioria do STF votou pela validade do acordo da JBS e pela manutenção do ministro Edson Fachin como relator do caso. Também ficou decidido na ocasião que os benefícios a delatores poderiam ser revistos ao final da ação penal que resultasse da delação, e não naquele momento, como queria o magistrado.

"Bastou a gravação entregue pelo Joesley para o mundo todo vir abaixo e se viu que a garantia de eternidade não existia. E aqueles [no STF] que votaram com muita ênfase andam pelos cantos envergonhados", disse.

Gilmar disse que no encontro com Jungmann e Etchegoyen conversou sobre a criação de grupos de trabalho, a partir da próxima semana, para discutir as suspeitas de influência do crime organizado nas eleições de 2018. "A questão da influência sobre o voto é notória", disse ele.

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