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Brasil é o sétimo país do mundo em número de jornalistas assassinados

DIANA LOTT SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em 2016, cinco jornalistas foram mortos no país por exercerem sua profissão, alçando o Brasil ao sétimo país do mundo em número de jornalistas assassinados. O levantamento faz parte de um estudo da Unesco chamado "

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2017, 18:30:00 Editado em 25.10.2017, 18:30:14
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DIANA LOTT

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em 2016, cinco jornalistas foram mortos no país por exercerem sua profissão, alçando o Brasil ao sétimo país do mundo em número de jornalistas assassinados.

O levantamento faz parte de um estudo da Unesco chamado "World Trends in Freedom of Expression and Media Development" ("Tendências mundiais em liberdade de expressão e desenvolvimento de mídia", em tradução livre) a ser publicado nas próximas semanas.

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Ele revela que, em média, um jornalista é assassinado a cada quatro dias em todo o mundo. Nos últimos 11 anos, foram 930 jornalistas mortos exercendo seu trabalho.

A impunidade nesse tipo de crime também é alta: a cada dez casos, apenas um é resolvido.

O índice alarmante motivou em 2013 as Nações Unidas a declararem o dia 2 de novembro como o "Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas".

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Para a Unesco, a impunidade encoraja o assassinato de jornalistas e os intimida, criando um ciclo vicioso de cerceamento da liberdade de imprensa. À frente do Brasil no ranking estão a Guatemala, com sete jornalistas mortos; a Síria, que há seis anos vive uma guerra civil, com oito mortes; e o Iraque, envolvido na guerra contra a milícia terrorista Estado Islâmico, com nove.

O terceiro lugar é do Iêmen, que está em guerra civil desde 2015 e sofre uma grave crise de segurança alimentar. Onze jornalistas morreram no país.

Em primeiro e segundo lugar estão o México e o Afeganistão; esse último completou em 2017 16 anos de conflito armado. Ambos tiveram 13 jornalistas mortos em 2016.

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A SIP ("Sociedade Interamericana de Imprensa", na sigla em espanhol) considera o México o país mais perigoso para o exercício do jornalismo na região. Em 23 de agosto deste ano, registrou-se o décimo assassinato de um jornalista mexicano.

O repórter Candido Ríos, 55, foi morto em Covarrubias, no Estado de Veracruz. Ele fazia parte de um programa de proteção a jornalistas ameaçados.

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Desde 2016, Ríos vinha publicando reportagens sobre o envolvimento de autoridades locais com o narcotráfico no jornal "Diario de Acayucan".

A Unesco, no exercício de seu mandato de defesa da liberdade de expressão e de imprensa, dedica em seu site uma página a condenações públicas de assassinatos de jornalistas em todo o mundo.

Entre os casos ocorridos no Brasil e condenados pela agência, destaca-se o assassinato de Maurício Campos Rosa, 64, que era dono do jornal "O Grito", distribuído gratuitamente em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.

No dia sete de setembro deste ano, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), prefeita de Santa Luzia, foi presa por suspeita de envolvimento no assassinato de Rosa.

Investigações da Polícia Civil concluíram que ela teria desviado R$ 20 mil da Secretaria de Saúde municipal para pagar pelo crime.

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