DANIEL BUARQUE
LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - A ex-ministra Marina Silva (Rede), presidenciável nas eleições de 2018, criticou nesta quarta-feira (18) a decisão do Senado de revogar as medidas cautelares impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a Aécio Neves (PSDB-MG).
Questionada durante uma palestra realizada no King's College de Londres, no Reino Unido, Marina atacou a união dos partidos que garantiram a manutenção do mandato de Aécio, citando especificamente o PT e o PSDB.
O PSDB deu 10 votos pró- Aécio. O PT, que havia criticado a decisão do STF contra o tucano, deu sete votos contra Aécio na votação final.
"Infelizmente tivemos uma decisão em que o Congresso tem a última palavra sobre os investigados da Lava Jato. Nenhuma pessoa no Brasil pode fazer seu julgamento, a não ser os parlamentares, que têm foro privilegiado. Aécio recebeu indulto privilegiado", disse.
A porta-voz nacional da Rede Sustentabilidade defendeu ainda a postura do seu partido na votação a respeito de Aécio. "Foi meu partido que votou pela sua cassação e entrou com uma ação para que o voto fosse transparente, e ninguém se escondesse para fazer alianças espúrias", disse.
Segundo ela, o fato de ter apoiado o então candidato do PSDB no segundo turno das eleições de 2014 não significa que ela tenha que manter esse apoio. "Em 2014 achei que seria importante ter a alternância de poder".
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