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Procurador diz que auxiliar de Janot falou em abril que Temer poderia cair

CAMILA MATTOSO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O procurador da República Ângelo Goulart Vilella afirmou que ouviu de Eduardo Pelella, chefe de gabinete de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, em abril, que o presidente Michel Temer poderia cair.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.10.2017, 18:30:00 Editado em 17.10.2017, 18:30:05
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CAMILA MATTOSO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O procurador da República Ângelo Goulart Vilella afirmou que ouviu de Eduardo Pelella, chefe de gabinete de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, em abril, que o presidente Michel Temer poderia cair.

No dia desse encontro, o empresário Joesley Batista, da JBS, já havia feito a gravação escondida com o presidente Michel Temer e a Procuradoria já tinha conhecimento do conteúdo do áudio.

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Vilella disse que a conversa aconteceu em um jantar em sua casa no fim do mês de abril. A delação dos executivos se tornou pública no dia 17 de maio.

"Eduardo Pelella falou claramente isso na minha casa, em abril, que até a indicação do novo procurador-geral poderia haver um novo presidente. Mas ele não teceu mais nenhum comentário sobre por qual motivo isso aconteceria", disse o procurador em rápida entrevista na tarde desta terça (17) após deixar a sessão da CPMI da JBS.

"Nunca mais fui procurado e não tenho interesse nenhum em manter relação com esse tipo de gente", completou.

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A gravação de Temer desencadeou a maior crise política do governo e Janot apresentou duas denúncias contra o presidente por causa da colaboração da JBS.

Vilella foi alvo da Operação Patmos, decorrente da delação de Joesley, e ficou preso por 76 dias sem ser ouvido. Foi libertado após conseguir um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ele foi denunciado sob suspeita de corrupção passiva, violação de sigilo funcional e obstrução de Justiça.

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O procurador foi à CPMI como convidado e falou por mais de seis horas. A maior parte da sessão foi aberta. Cerca de uma hora, no entanto, foi restrita para parlamentares com o argumento de que os assuntos que seriam tratados estavam sob segredo de Justiça.

PRISÃO DE MILLER

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Durante o depoimento, Vilella afirmou que o pedido de prisão do ex-procurador Marcello Miller, pivô de uma crise na delação da JBS, era uma espécie de jogo de cena.

Disse que a vontade de Janot de prendê-lo era tão legítima como uma nota de R$ 3.

Aos parlamentares, de forma reservada, Vilella disse que, em sua opinião, o ex-procurador-geral não queria a prisão de Miller porque poderia acarretar em um dominó: Miller contaria tudo que sabia sobre Pelella, que contaria sobre Janot.

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Ele não deu elementos nem levou provas sobre os relatos que fez durante a CPMI.

RESTRIÇÃO

Um dos advogados da JBS, Ticiano Figueiredo, foi expulso da parte fechada da sessão de Vilella.

O pedido para que ele se retirasse foi feito pelos advogados do procurador.

Figueiredo saiu do plenário onde acontecia o depoimento, mas avisou que registraria o caso, argumentando ter direito de permanecer no local por ser advogado.

Na sessão de outro alvo da Patmos, no depoimento do advogado Willer Tomaz, que também era fechada, a defesa da JBS acompanhou normalmente.

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