REYNALDO TUROLLO JR.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta terça-feira (26), em entrevista coletiva, que ainda estuda o que fazer com a delação da JBS, assinada em maio por seu antecessor, Rodrigo Janot, mas que entende que a eventual rescisão do acordo não invalida as provas.
Janot pediu, em sua última semana no cargo, a rescisão do acordo -a perda dos benefícios dos delatores- por entender que Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos da JBS, omitiram informações de má-fé.
Cabe ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, dar a palavra final sobre a rescisão.
A delação da JBS deu origem às investigações e a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
"Me parece que a lei é clara no sentido de que a rescisão do acordo não invalida a prova produzida no âmbito da delação premiada", disse Dodge.
"No tocante às delações, estamos conhecendo melhor o conteúdo e compreendendo a importância e o impacto delas. É um momento ainda de estudo e reflexão sobre o que faremos", afirmou, ao ser questionada sobre o caso JBS.
A procuradora-geral adotou um tom cuidadoso na entrevista, evitou falar de casos concretos na maior parte do tempo e, em questões polêmicas, disse que ainda estuda os casos.
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