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ATUALIZADA - No PSB, Aldo critica corporações que querem 'substituir a política'

BRUNO BOGHOSSIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente da Câmara e ex-ministro Aldo Rebelo trocou nesta terça-feira (26) o PC do B pelo PSB, com um discurso em que criticou "corporações iluminadas" que pretendem "substituir a política". Rebelo assi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.09.2017, 18:20:03 Editado em 26.09.2017, 18:20:03
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BRUNO BOGHOSSIAN

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-presidente da Câmara e ex-ministro Aldo Rebelo trocou nesta terça-feira (26) o PC do B pelo PSB, com um discurso em que criticou "corporações iluminadas" que pretendem "substituir a política".

Rebelo assinou a ficha de filiação ao partido socialista depois de militar por 40 anos nas fileiras do PC do B. Ele é apontado como "coringa" para o PSB nas eleições de 2018: pode ser candidato a presidente, vice-presidente ou senador.

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Em seu discurso, o ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff defendeu a valorização da política tradicional e fez uma crítica ao Ministério Público e ao Judiciário -sem citar as duas instituições.

"Vemos hoje uma tentativa de corporações que se julgam deuses de tentar subtrair da política os destinos da população. Temos que reafirmar a política como único caminho e alternativa. Nenhuma corporação iluminada pode substituir a política", afirmou em seu discurso.

Rebelo fez ainda uma comparação velada entre o momento atual e as circunstâncias do golpe militar de 1964, em que "corporações públicas tentaram substituir a política". "E sabemos o que isso produziu."

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Em entrevista após a cerimônia, o ex-deputado afirmou que o combate à corrupção é uma tarefa importante, mas que "usar essa prerrogativa para substituir a política não é razoável".

Questionado sobre as investigações contra o ex-presidente Lula, Rebelo disse que as acusações contra o petista são movidas pelo interesse de "afastá-lo da disputa eleitoral".

"Até hoje, o presidente Lula tem procurado se defender das acusações que têm sido feitas a ele. Essas acusações são movidas não apenas por fatos. Ninguém deve ser afastado de uma disputa eleitoral a não ser quando há provas e julgamento definitivo com provas dos crimes que essa pessoa cometeu. Até hoje, essas provas não foram apresentadas", declarou.

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MILITARES

Rebelo, que foi ministro da Defesa de 2015 a 2016, disse que não vê "clima nem interesse" nas Forças Armadas em realizar uma intervenção militar no Brasil, apesar de declarações nesse sentido feitas pelo general Antonio Hamilton Mourão.

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"Convivi com os militares no Ministério da Defesa e não acho que esse seja o ânimo. Isso traria consequências muito ruins para o país e para os próprios militares, que não desejam participar de outra situação como a que nós vivemos no passado", declarou.

O ex-ministro evitou criticar a decisão do governo e do comando do Exército de não punir Mourão formalmente, e se limitou a defender o respeito à hierarquia e à disciplina na corporação.

"Quando isso é quebrado de alguma forma, é um risco para a própria instituição. Você tem um pronunciamento de um general, depois de um coronel, depois de um major, de um sargento, de um cabo... E isso não é uma coisa boa. É importante preservar esses princípios."

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ESQUERDA

A filiação de Aldo Rebelo ao PSB é um movimento do partido para ampliar suas fileiras e tentar apresentar o partido como uma alternativa ao PT no campo da esquerda.

"Os dirigentes defendem que o PSB não seja parte do projeto de um outro partido e ele tenha seu projeto e busque a unidade, mas sem subordinação", disse Rebelo.

Apesar de alguns dirigentes do PSB defenderem o distanciamento entre a sigla e o PT, o ex-ministro afirmou que é preciso manter o diálogo com os petistas. "A unidade ampla pressupõe diálogo com todos, sem uma atitude de subordinação ou de reboque aos objetivos de outras legendas."

O presidente da sigla, Carlos Siqueira, defendeu que o PSB assuma o protagonismo nesse campo. "Podemos conversar com todos, e tem um pedido do PT para isso, mas precisamos sair da polarização. É uma polarização que não faz bem para o Brasil. Fechou-se esse ciclo."

Siqueira admitiu que o partido deve perder deputados e outros militantes que "hoje não se identificam com a linha que o PSB adotou" -de oposição ao governo Michel Temer. "Esse assunto de entrar e sair do partido é pessoal e intransferível. Alguns sairão, têm as suas razões para sair."

O ex-deputado Beto Albuquerque, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva em 2014, fez coro. "Não há crise de identidade no PSB. Quem tem crise é quem entrou em um partido socialista querendo ser liberal. Vamos refundar a esquerda sem cair no precipício do PT."

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