BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) redigiu uma nota em que ataca a delação do corretor Lúcio Funaro, apontado como antigo operador do parlamentar.
"Repudio com veemência o conteúdo [dos depoimentos de Funaro]. [Trata-se] de mais uma delação sem provas, que visa a corroborar outras delações também sem provas, onde o delator relata fatos [de] que inclusive não participou e não tinha qualquer possibilidade de acesso a informações", escreveu.
O ex-presidente da Câmara diz que as delações premiadas chegaram "ao ponto máximo da desmoralização". "Basta concordar com qualquer coisa que a acusação encomendar para obter infinitos benefícios."
O movimento de Cunha ocorre no momento em que estão travadas as conversas sobre sua própria delação -que negocia há meses com a PGR (Procuradoria-Geral da República), sem sucesso.
Os investigadores rejeitaram assinar delações com os dois presos, por entender que a dupla atuava em conjunto e forneceria informações semelhantes, o que não justificaria a concessão de benefícios para o ex-deputado e o corretor.
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