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ATUALIZADA - Dezoito manifestantes detidos em protesto contra Temer são julgados

ANA LUIZA ALBUQUERQUE SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Terminou no fim da tarde desta sexta-feira (22) a audiência de instrução, debates e julgamento de 18 manifestantes que se tornaram réus por associação criminosa. O grupo foi detido em setembro do ano pass

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.09.2017, 21:05:05 Editado em 22.09.2017, 21:05:05
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ANA LUIZA ALBUQUERQUE

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Terminou no fim da tarde desta sexta-feira (22) a audiência de instrução, debates e julgamento de 18 manifestantes que se tornaram réus por associação criminosa. O grupo foi detido em setembro do ano passado, antes de um protesto contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e contra o presidente Michel Temer, e liberado no dia seguinte.

Nesta sexta foram ouvidas três das cinco testemunhas de acusação. A oitiva continuará no dia 10 de novembro. Nenhum dos 18 réus foram ouvidos por enquanto.

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Em setembro de 2016, os jovens teriam combinado de se encontrar em frente ao Centro Cultural São Paulo para ir juntos à manifestação. Policiais teriam abordado o grupo e informado, em boletim de ocorrência, que encontraram uma barra de ferro com eles. Os manifestantes disseram, à época, que o flagrante foi forjado.

A história ficou conhecida porque entre os ativistas estava o capitão do Exército Willian Pina Botelho, que teria passado por manifestante para ganhar a simpatia dos jovens e levá-los até a Polícia Militar. Willian foi o único que não se tornou réu.

Levados ao Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), o grupo foi liberado no dia seguinte pelo juiz Paulo Aguirre Camargo.

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"O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação policial de praticar verdadeira 'prisão para averiguação' sob o pretexto de que estudantes reunidos poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Esse tempo, felizmente, já passou", disse o texto do magistrado.

Em dezembro, o Ministério Público enviou uma denúncia à Justiça, acusando os jovens da "prática de danos qualificados consistentes na destruição, ​inutilização ​e ​deterioração ​do ​patrimônio ​público ​e ​privado ​e ​lesões ​corporais ​em ​policiais ​militares".

AUDIÊNCIA

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A audiência foi presidida pela juíza Cecília Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal do Foro Central Barra Funda.

O clima à frente do Fórum era tenso. Não foi permitida a entrada dos acompanhantes dos réus, e a imprensa só foi autorizada a entrar no terreno após muita insistência. Ainda assim, um policial disse à reportagem que jornalistas estavam proibidos de entrar no prédio, que é público, devendo cobrir o acontecimento da portaria.

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O vereador Eduardo Suplicy (PT) e o deputado federal Paulo Teixeira (PT), testemunhas no processo, estiveram por lá. Suplicy esteve na delegacia no dia em que os jovens foram detidos para defender sua soltura.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL), que não é testemunha no processo, teve entrada autorizada na área da audiência. Já a vereadora Juliana Cardoso (PT) foi barrada.

MANIFESTAÇÃO

Manifestantes se reuniram em frente ao Fórum Criminal para defender a inocência e a liberdade dos réus.

"Protestar não é crime, usar moletom não é crime, caminhar com os amigos não é crime. Abaixo a ditadura!", dizia um dos cartazes.

Ativistas também ergueram faixas com os dizeres "Solidariedade aos 18".

"Parabéns aos que se mobilizaram. Não vamos permitir, vamos à luta", discursou Ivan Valente em um megafone, afirmando que os 18 jovens foram emboscados pela polícia e pelo Exército.

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