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ATUALIZADA - CPI da JBS convida Janot para prestar esclarecimentos

TALITA FERNANDES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em sessão esvaziada, a CPI da JBS aprovou nesta quinta-feira (21) um convite para ouvir o ex-procurador-geral Rodrigo Janot e seu braço-direito, o procurador Eduardo Pelella. Os requerimentos foram aprovados s

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.09.2017, 13:00:04 Editado em 21.09.2017, 13:00:04
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TALITA FERNANDES

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em sessão esvaziada, a CPI da JBS aprovou nesta quinta-feira (21) um convite para ouvir o ex-procurador-geral Rodrigo Janot e seu braço-direito, o procurador Eduardo Pelella.

Os requerimentos foram aprovados sob a justificativa de que os depoimentos servirão para esclarecer o acordo firmado pelo Ministério Público com executivos da JBS.

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Por se tratar de convite, nesses casos, o comparecimento de Janot e Pelella à comissão é opcional. Ainda não há data marcada para que eles sejam ouvidos.

Deputados e senadores aprovaram ainda a convocação de outros dois auxiliares de Janot. O ex-procurador Marcello Miller e o procurador Ângelo Goulart Villela. No caso deles o comparecimento é obrigatório.

O advogado Willer Tomaz, que foi preso na Operação Patmos, também deverá prestar esclarecimentos à CPI. Ele é acusado de pagar propina a Villela para repassar informação privilegiada a Joesley Batista sobre as investigações que envolviam a JBS.

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Os depoimentos de Villela e Tomaz já estão previstos para a próxima semana.

Na lista de convocações estão ainda executivos da JBS, incluindo os seus donos, Joesley e Wesley Batista. Serão ouvidos os delatores Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva, e os executivos Valdir Aparecido Boni, Florisvaldo Caetano de Oliveira, Fábio Chilo e Demilton Antônio de Castro.

Instalada no começo deste mês, a CPI tem como um de seus objetivos apurar possíveis irregularidades ligadas ao acordo de colaboração do grupo JBS.

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Desde que foi criada, a comissão é vista pela oposição como uma tentativa do governo de constranger o Ministério Público e os acusadores do presidente Michel Temer, alvo de duas denúncias com base na delação da JBS.

O relator da CPI, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), defendeu que as oitivas sejam iniciadas pelos procuradores. Ele não vê impedimento para que a comissão siga as investigações enquanto a Câmara analisa um segundo pedido de denúncia contra Temer.

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"Não podemos paralisar a CPI e aguardar a denúncia. Vai ter que tramitar independentemente da denúncia", disse o deputado que é um dos principais porta-vozes da tropa de choque do presidente.

A acusação de obstrução de Justiça e organização criminosa de Temer deve ser analisada pelos deputados até outubro, de acordo com a previsão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O envio da denúncia à Câmara depende da conclusão de um julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre pedido de Temer para suspender a acusação. A análise deve ser concluída nesta quinta-feira (21), mas a Corte já tem maioria formada pela continuidade da tramitação.

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CONTRATOS

Outra frente de atuação da CPI é a apuração de possíveis irregularidades em contratos do grupo JBS com bancos públicos. Por esse motivo, os parlamentares convocaram o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho a prestar esclarecimentos.

Também estão sob investigação empréstimos tomados pelo frigorífico com a Caixa Econômica Federal. Foram convidados a dar depoimento dois ex-presidentes do banco: Jorge Hereda e Maria Fernanda Ramos Coelho.

A lista de oitivas aprovadas como convite inclui ainda o ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Leonardo Gomes e o advogado da associação de minoritários da JBS Márcio Lobo.

Ao final da sessão, o presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), anunciou os primeiros depoimentos. Na próxima terça-feira (26), será convocado o procurador Ângelo Villela, e o advogado Marcio Lobo falará na condição de convidado.

Para a quarta-feira (27), estão previstas as oitivas de Willer Tomaz e do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho.

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