CAROLINA LINHARES
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - Em Belo Horizonte para participar de uma palestra para empresários, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que tem procurado deixar compromissos não oficiais para depois do expediente ou para os fins de semana.
"Estou procurando fazer agendas que não são estritamente oficiais à noite ou nos fins de semana. Estou vindo com passagem paga do meu bolso, hotel do meu bolso", disse.
A estratégia é para se diferenciar do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afilhado de Alckmin, que o ameaça na corrida à Presidência do ano que vem.
Alckmin chegou a Minas às 17h30 e cancelou os compromissos que teria durante a tarde, incluindo encontros com políticos tucanos e com o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), além de entrevistas a veículos locais.
O governador afirmou ainda que defende a realização de prévias pelo PSDB para a escolha do candidato tucano à Presidência.
AÉCIO NEVES
Alckmin estava acompanhado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Questionado sobre a ausência do senador Aécio Neves (PSDB-MG), maior liderança tucana em Minas, o governador afirmou que recebeu uma ligação do colega, que tinha outros compromissos.
O governador disse ainda que espera o apoio de Aécio. "Não é esse o momento, mas se vier a ser candidato, tive o apoio do Aécio quando fui candidato, ficarei muito honrado se o tiver novamente."
Alckmin também defendeu Aécio, acusado de ter recebido propina a partir da delação da JBS.
Para o governador paulista, "Minas é a síntese do Brasil" e "interpreta a alma do brasileiro". Também defendeu reformas e disse que "o momento é de esperança, de que o país vai retomar o crescimento, o emprego e a renda".
Outros pré-candidatos à Presidência, como Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSC), estiveram no Estado recentemente para encontros políticos e palestras.
Alckmin também voltou a dizer que o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas é recall.
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