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ATUALIZADA - Garotinho é preso quando apresentava programa de rádio no Rio

LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) foi preso na manhã desta quarta-feira (13) por agentes da Polícia Federal quando apresentava seu programa diário na rádio "Tupi", em São Cristóvão, zona norte

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.09.2017, 15:50:09 Editado em 13.09.2017, 15:50:09
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LUCAS VETTORAZZO

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) foi preso na manhã desta quarta-feira (13) por agentes da Polícia Federal quando apresentava seu programa diário na rádio "Tupi", em São Cristóvão, zona norte da capital fluminense.

Três agentes cumpriram mandado que determinava a prisão domiciliar do ex-governador quando o programa estava no ar, por volta das 10h30. Um apresentador substituto teve de conduzir os 30 minutos finais do programa.

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Garotinho foi levado para Campos dos Goytacazes, cidade a 270 quilômetros do Rio, onde o político mora com sua mulher, a também ex-governadora Rosinha.

Desta vez, ele teve prisão cautelar domiciliar decretada pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª zona eleitoral do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral). A decisão ocorre no âmbito da Operação Chequinho, que apura suposta compra de votos na eleição de Campos, em 2016, por meio do programa social Cheque Cidadão.

Segundo o Ministério Público, o suposto esquema teria dado prejuízo de R$ 11 milhões à prefeitura e pelo menos 18 mil ações de compras de votos teriam sido realizadas. Há suspeita de que vinte vereadores eleitos naquele ano teriam sido beneficiados com votos do esquema.

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Ele teve prisão domiciliar decretada no âmbito da Operação Chequinho, que apura suposta compra de votos na eleição para a prefeitura de Campos, em 2016, por meio do programa social Cheque Cidadão.

O processo corre no Tribunal Regional Eleitoral. Garotinho chegou a ter prisão cautelar decretada em novembro do ano passado, um dia antes de ser preso o também ex-governador do Rio Sérgio Cabral, em outro processo, neste caso da Lava Jato, que corre na Justiça Federal.

Garotinho era acusado de usar seu programa de rádio e seu blog pessoal para pressionar testemunhas e difamar integrantes do Judiciário durante o processo.

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Na ocasião, o político alegou problemas cardíacos e foi levado ao hospital antes de ser encaminhado à detenção.

O político conseguiu no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) liminar que derrubou a prisão. Ele obteve também decisão que permitia que ele continuasse com suas postagens, sob risco de censura prévia.

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Em decisão desta quarta-feira, o juiz do TRE Ralph Manhães afirma que o político extrapolou a liberdade concedida pela instância superior (TSE), ao continuar a citar envolvidos no processo em seus canais de comunicação.

O magistrado disse que Garotinho faz acusações contra membros do judiciário de forma "totalmente leviana", num "rompante de imaginação irresponsável".

"Assim, percebe-se que as bravatas do réu não têm limite, não podendo o Judiciário se acovardar ou ficar de joelhos para as suas acusações infundadas e irresponsáveis, as quais são utilizadas apenas para criar temores nas pessoas que não coadunam com a filosofia criminosa do sentenciado", diz o juiz.

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Manhães afirma ainda que pessoas ligadas ao ex-governador estariam coagindo testemunhas na cidade, o que demonstraria que a suposta organização investigada teria continuado a atuar.

Como não há decisão de mérito na primeira instância -as prisões decretadas até então são cautelares-, o juiz decidiu pela prisão domiciliar.

Garotinho terá de usar tornozeleira eletrônica e está proibido de deixar sua casa em Campos. Também não poderá manter contato com pessoas que não sejam da sua família e advogados. Ele está proibido de fazer uso de meios de comunicação eletrônica, como celular, internet e transmissão audiovisual, além de não poder conceder entrevistas.

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O político terá de entregar passaporte e celulares à Justiça e as visitas médicas deverão ser comunicadas previamente, salvo em emergências.

OUTRO LADO

Em nota, o advogado de Garotinho, Carlos Azeredo, repudiou a prisão ocorrida na manhã desta quarta e informou que irá recorrer da decisão.

Segundo a defesa, o pedido de prisão domiciliar "tem intenção de privá-lo de seu trabalho na Rádio Tupi e em seus canais digitais" com o objetivo de "evitar que ele continue denunciando políticos criminosos importantes".

De acordo com o defensor, a prisão domiciliar priva o político de exercer sua profissão de radialista e de prover o sustento a sua família.

Sobre as denúncias de compra de votos que deram origem ao processo, a defesa diz que são "suspeitas infundadas" que não justificariam a prisão. Ainda de acordo com o advogado, Garotinho "nunca nem foi acusado de roubo ou corrupção".

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