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ATUALIZADA - Com PMDB na mira, delação de Funaro chega ao Supremo

TALITA FERNANDES E MARINA DIAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, recebeu nesta terça (29) a delação do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro. Com o material em mãos, o ministro do Supremo Tribunal Federal deve homol

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.08.2017, 21:15:05 Editado em 29.08.2017, 21:15:05
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TALITA FERNANDES E MARINA DIAS

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, recebeu nesta terça (29) a delação do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro. Com o material em mãos, o ministro do Supremo Tribunal Federal deve homologar nos próximos dias o acordo de colaboração que promete revelar o caminho do dinheiro entregue a políticos do PMDB.

A PGR (Procuradoria-Geral da República), responsável por fechar o acordo com Funaro, espera que a delação seja validada pelo ministro até esta quarta (30).

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A homologação é necessária para que os procuradores possam incluir trechos dos depoimentos de Funaro em uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer.

A acusação deve ser entregue ao STF antes de 17 de setembro, quando se encerra o mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Pessoas próximas às investigações afirmam que o grupo de trabalho da Lava Jato está trabalhando nos últimos ajustes da denúncia.

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Antes de dar valor legal ao acordo, assinado na semana passada por Funaro junto à Procuradoria, é necessário que o ministro escute o operador e entenda que a colaboração foi firmada de forma espontânea.

Segundo a reportagem apurou, Funaro, apontado como operador do PMDB ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comprometeu-se a mostrar aos procuradores o caminho do dinheiro para o partido.

O foco da delação é o grupo político conhecido como "PMDB da Câmara", do qual faz parte Cunha, que está preso no Paraná. Funaro terá de entregar contas usadas para receber propina e extratos de movimentações financeiras.

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TEMER

Com a expectativa de ser atingido por nova denúncia, Temer divulgou nesta terça nas redes sociais um vídeo no qual afirma ter gente que quer "semear a desordem nas instituições" e "parar o Brasil", mas que ele tem a "força necessária para resistir".

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"Sabemos que tem gente que quer parar o Brasil, e esse desejo não tem limites. Quer colocar obstáculos ao nosso trabalho, semear a desordem nas instituições, mas tenho força necessária para resistir. Porque o que estamos fazendo é necessário e serve apenas à sociedade brasileira", disse Temer na peça de pouco mais de três minutos.

"O momento pede sobriedade, responsabilidade e paciência. Nenhuma força me desviará desse rumo."

A fala do presidente acontece um dia depois que Janot afirmou que "algumas iniciativas do Congresso geram perplexidade", em referência a medidas articuladas pelos parlamentares que têm o objetivo de frear a Lava Jato.

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No vídeo, Temer não cita nominalmente Janot, mas o Planalto, desde que o procurador apresentou a primeira denúncia contra o presidente, trata o chefe do Ministério Público Federal como inimigo.

Janot já apresentou uma denúncia sob acusação por corrupção passiva contra Temer baseada na delação da JBS. A acusação formal, porém, foi barrada no início do mês pela Câmara.

Diante da expectativa de uma nova acusação, a estratégia do presidente é, mais uma vez, apostar no espírito de corpo dos parlamentares, muitos deles também alvo de investigações. A ideia disseminada por auxiliares do presidente é a de que Janot quer acabar com a classe política e, caso a denúncia contra Temer avance, os próximos serão justamente esses deputados e senadores.

Durante sua fala no vídeo, o presidente diz que chegou ao governo com "um plano claro de reformas" e "com o apoio decisivo do Congresso" quer fazê-lo avançar.

Temer quer virar a página da crise política em que seu governo está mergulhado desde maio, quando a delação da JBS foi divulgada, e tentar focar na sua pauta econômica, com a reforma da Previdência, por exemplo.

Nesta terça Temer embarcou para a China para a reunião da cúpula dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Esvaziou, porém, sua comitiva, para que seu time principal fique em Brasília para fazer a articulação no Congresso e a defesa do governo caso haja uma segunda denúncia. Ele só retorna em 6 de setembro.

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