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Duas pessoas são presas no Rio em ação da Operação Ponto Final

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (25) duas pessoas no escritório da Riocard, empresa que faz a gestão dos bilhetes eletrônicos do transporte de ônibus do Rio. A polícia fazia buscas referentes às inve

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.08.2017, 15:15:10 Editado em 25.08.2017, 15:15:10
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (25) duas pessoas no escritório da Riocard, empresa que faz a gestão dos bilhetes eletrônicos do transporte de ônibus do Rio.

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A polícia fazia buscas referentes às investigações da Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que investiga suspeitas de propinas no setor dos transportes do Rio.

Dois funcionários da Riocard foram presos em flagrante no momento da operação por suspeita de obstrução de Justiça. Eles estariam tentando esconder um computador dos investigadores.

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O Ministério Público Federal no Rio apura repasses da Fetranspor, a federação de ônibus do Estado do Rio, às empresas em razão de ressarcimentos de bilhete único e o uso do Riocard.

Procuradores da Lava Jato consideram haver indícios de que o sistema de bilhetagem e ressarcimento eram parte de esquema da chamada "caixinha da propina" da Fetranspor. A força-tarefa suspeita que os valores podem ter sido manipulados por denunciados na Operação Ponto Final.

Segundo o Ministério Público Federal no Rio, a Fetranspor se recusava a prestar contas das movimentações ao Tribunal de Contas do sistema de ressarcimento de bilhete único. "Para os procuradores, tal recusa demonstra a falta de transparência na gestão dos recursos públicos", afirma o MPF em nota.

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Durante a Ponto Final, investigadores encontraram suspeitas de que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) teria recebido R$ 144,7 milhões do setor de transportes, entre os anos de 2010 e 2016.

No mesmo período, o então presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro), Rogério Onofre, teria recebido R$ 43,4 milhões.

A propina seria paga com recursos de caixa dois formado pela Fetranspor a partir da arrecadação junto a 26 empresas de ônibus, que somou R$ 250 milhões entre 2013 e 2016, de acordo com o MPF.

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"Os repasses de propina à organização criminosa tinham como contraprestação a prática de atos de ofício pelos gestores do Estado do Rio, porquanto o conjunto de funções exercidas pelos agentes públicos que integram o núcleo administrativo e político da organização está relacionado com os interesses privados dos empresários como exploradores do transporte público urbano. Dessa forma, os empresários denunciados garantiam a sua hegemonia no setor de transportes públicos, além de benefícios na política tarifária e de gestão desse serviço público de natureza essencial", diz o MPF.

Cabral está preso. Os suspeitos do setor de transportes, contudo, foram beneficiados com habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Na quinta-feira (24), um ato reuniu juízes e artistas em apoio ao juiz Marcelo Bretas, responsável pela Ponto Final e que tinha sido criticado pelo ministro.

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