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Câmara de Vereadores cassa mandato do prefeito de Sorocaba, em SP

MARTHA ALVES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito José Crespo (DEM) teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores de Sorocaba (99 km de São Paulo), na noite desta quinta-feira (24). Após a votação, a vice Jaqueline Liliam Barcellos Coutinho (PTB) to

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.08.2017, 08:20:10 Editado em 25.08.2017, 08:20:10
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MARTHA ALVES

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito José Crespo (DEM) teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores de Sorocaba (99 km de São Paulo), na noite desta quinta-feira (24). Após a votação, a vice Jaqueline Liliam Barcellos Coutinho (PTB) tomou posse como prefeita.

Catorze dos 20 vereadores da cidade votaram a favor do relatório da Comissão Processante de que houve quebra de decoro e prevaricação no caso em que envolve uma assessora do prefeito.

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Os vereadores analisaram a denúncia de que Crespo insistiu em impedir investigação sobre os diplomas escolares de sua ex-assessora Tatiane Polis. Um inquérito aberto pela Polícia Civil concluiu que os documentos escolares da educação básica apresentados por Tatiana eram falsos.

Após a leitura do parecer e do relatório do inquérito policial, cada vereador falou por 15 minutos.

O vereador Vitão do Cachorrão (PMDB), relator do processo, foi o primeiro a defender o parecer final da Comissão Processante. Para o vereador, a Prefeitura não apurou devidamente a denúncia sobre o possível diploma falso da assessora e Crespo continuou afirmando que era legal.

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Vitão também disse que as investigações mostram que houve agressão verbal de Crespo à vice-prefeita, o que configura infração político-administrativa.

A vereadora Iara Bernardi (PT) disse que a Casa instaurou duas comissões e uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com vereadores de todos os partidos. "E, durante todo o processo, não vi nenhuma defesa do prefeito por parte da sua base nesta Casa", falou Iara.

A parlamentar também lembrou que Crespo falou durante a campanha que governaria o município com a vice-prefeita e que ela teria um papel na luta contra a violência contra a mulher, mas, depois de eleito, Jaqueline foi expulsa de seu gabinete.

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"Mesmo com uma liminar nas mãos, eu tive que intervir, como vereadora, para que ela pudesse entrar em seu gabinete", disse Iara.

O vereador Péricles Régis (PMDB) ressaltou que esta é a primeira vez na história da cidade que um prefeito deixa o cargo antes de cumprir o mandato e não por arbitrariedade da Câmara.

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Segundo Régis, houve um processo de investigação no qual Crespo teve ampla defesa e foram constatados excessos e omissões dele.

"A CPI mostrou que todas as denúncias da vice eram procedentes, mas não foram levadas em conta pelo prefeito, que adotou uma postura unilateral, defendendo a sua assessora de forma feroz e desrespeitando a vice-prefeita", falou Régis.

Jaqueline tomou posse na noite desta quinta (24) no plenário da Câmara de Vereadores após a sessão de votação que cassou o mandato do prefeito. A Justiça Eleitoral e Crespo serão oficiados da cassação.

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DEFESA

O advogado Ricardo Porto, responsável pela defesa do prefeito cassado, falou que em nenhum momento José Crespo dificultou a apuração sobre a validade da escolaridade de sua ex-assessora nem provocou embaraço à Comissão Processante.

Segundo o advogado, o prefeito cassado tem a consciência limpa e isso foi comprovado quando ele compareceu pessoalmente na Comissão Processante mesmo com o direito ao silêncio assegurado pela lei.

Porto disse que Crespo poderia ter comparecido pessoalmente à Câmara, mas constituiu defesa com outro advogado por respeito à Câmara.

"O fato do prefeito não estar aqui presente se deve a isso. Não houve em qualquer momento desse procedimento qualquer fala do prefeito contrariamente a essa acusação, com o único e exclusivo objetivo que seja julgado pelas provas e pelos fatos da forma como realmente aconteceram", disse a defesa.

Com relação à denúncia de que a ex-assessora não teria grau de escolaridade exigido para o cargo, Porto argumentou que ela possui um diploma de conclusão de ensino superior, o qual cursou. "Se há falha no ensino médio ou fundamental, isso não é julgado pela Prefeitura Municipal", falou.

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