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ATUALIZADA - Funaro assina delação com Procuradoria

BELA MEGALE E REYNALDO TUROLLO JR. BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O corretor de valores Lúcio Funaro, preso em Brasília desde julho de 2016, assinou na tarde desta terça-feira (22) acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Apont

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.08.2017, 21:00:04 Editado em 22.08.2017, 21:00:04
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BELA MEGALE E REYNALDO TUROLLO JR.

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O corretor de valores Lúcio Funaro, preso em Brasília desde julho de 2016, assinou na tarde desta terça-feira (22) acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).

Apontado como doleiro e operador financeiro do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Paraná, Funaro vinha negociando um acordo com os investigadores havia cerca de três meses.

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Segundo envolvidos nas tratativas, o operador, que foi transferido da penitenciária da Papuda para a carceragem da Polícia Federal na segunda-feira (21), deve começar a prestar os depoimentos nos próximos dias.

Para agilizar as oitivas, a ideia é que ele permaneça sob custódia na sede da PF.

A defesa do operador, capitaneada pelo advogado Antonio Figueiredo Basto, especialista em colaborações premiadas, passou a tarde desta terça-feira na sede da PGR.

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Segundo a reportagem apurou, no acordo, Funaro se comprometeu a detalhar o caminho do dinheiro que abasteceu o grupo político conhecido como "PMDB da Câmara", do qual Cunha fazia parte.

Envolvidos nas tratativas informaram à reportagem que ele também indicará contas que receberam propina e entregará documentos que mostram por onde parte desses repasses passou.

O operador explicará ainda como o PMDB exercia influência sobre instituições públicas como a Caixa Econômica Federal, que gerenciava o FI-FGTS -fundo bilionário que investia em infraestrutura com recursos do trabalhador.

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Outro ponto que prometeu esclarecer é sobre repasses ilícitos a campanhas políticas sob coordenação do PMDB e do próprio Cunha, que teria atuado como uma espécie de tesoureiro levantando recursos para seus apoiadores.

Funaro é descrito pelos procuradores como um dos principais operadores do PMDB, pois atuou em instituições como Caixa e Petrobras.

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TEMER

A expectativa é que a PGR use partes da delação nas investigações sobre o presidente Michel Temer, que deve ser alvo de uma nova denúncia.

O operador é figura central na delação de executivos da J&F, controladora da JBS.

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O presidente foi gravado no Palácio do Jaburu por Joesley Batista, um dos donos do frigorífico. No diálogo, segundo a investigação da PGR, Joesley diz que está pagando Funaro e Cunha para mantê-los em silêncio na cadeia.

Para a Procuradoria, o presidente deu aval aos pagamentos. Temer nega.

Segundo a reportagem apurou, Funaro também dará detalhes de sua relação com Joesley e os benefícios dados às empresas do grupo J&F com recursos do FI-FGTS.

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Além de responder a uma ação na Operação Sépsis, que investiga desvios no FI-FGTS e que o levou à prisão, Funaro é um dos alvos do inquérito que apura suposta formação de organização criminosa pelo PMDB da Câmara, o chamado "quadrilhão".

A delação firmada nesta terça também deve auxiliar nesse inquérito, que está prestes a ser concluído. Após a realização dos depoimentos, o acordo irá para o Supremo Tribunal Federal, que precisa homologá-lo para que ele tenha valor para as investigações.

SEGUNDA DELAÇÃO

Este é o segundo acordo de delação firmado por Funaro. Em 2005, ele se tornou colaborador no caso do mensalão.

Durante as investigações da época, Funaro despontou como um dos operadores financeiros do esquema para que o então líder na Câmara do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, recebesse propina.

Ele é o segundo delator reincidente na Lava Jato e seus desmembramentos. O outro é o doleiro Alberto Yousseff, que tinha sido delator no caso no Banestado, em 2003.

Ambos tiveram seus acordos coordenados pelo mesmo advogado, Antonio Figueiredo Basto.

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