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Ex-governadores devem disputar o segundo turno no Amazonas

FABIANO MAISONNAVE MANAUS, AM (FOLHAPRESS) - Em eleição marcada pelo alto número de votos nulos e pela falta de renovação política, os ex-governadores Amazonino Mendes (PDT), 77, e Eduardo Braga (PMDB), 56, devem disputar o segundo turno da eleição estadu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.08.2017, 19:55:02 Editado em 06.08.2017, 19:55:02
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FABIANO MAISONNAVE

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MANAUS, AM (FOLHAPRESS) - Em eleição marcada pelo alto número de votos nulos e pela falta de renovação política, os ex-governadores Amazonino Mendes (PDT), 77, e Eduardo Braga (PMDB), 56, devem disputar o segundo turno da eleição estadual no Amazonas.

Com 80% das urnas apuradas pelo TRE, Amazonino obteve 39,2% dos votos válidos, contra 22,9% do peemedebista. O segundo turno será realizado em três semanas. O vencedor exercerá um mandato-tampão de 14 meses.

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A soma dos votos nulos (14,4%) e brancos (3,9%) chegou a 18,3%. No primeiro turno de 2014, esse percentual foi de apenas 8,3% (148.810).

A abstenção chegou a 22%, pouco maior do que a do primeiro turno de 2014 (19,5%).

A ex-deputada Rebecca Garcia (PP) foi a terceira mais votada, com 17,5%. O petista José Ricardo obteve 14,10% e ficou em quarto entre nove candidatos.

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A jornada de votação transcorreu apenas com incidentes isolados, segundo o TRE.

EX-ALIADOS

Companheiros de palanque no passado, Amazonino e Braga também colecionam diversas denúncias de irregularidades.

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O pedetista esteve envolvido, entre outros escândalos, no esquema de compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, revelado pela Folha de S.Paulo em 1997. Ele não foi investigado pelo caso.

Principal nome do PMDB no Amazonas, Braga responde a inquérito da Operação Lava Jato e é citado na denúncia apresentada pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, envolvendo propinas da JBS, embora não tenha sido acusado formalmente.

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Ambos negam todas as acusações.

A eleição complementar foi convocada há três meses, após o TSE cassar o então governador, José Melo (Pros), e o seu vice, Henrique Oliveira (Solidariedade), por desvio de dinheiro público para a compra de votos em 2014.

O primeiro turno custou R$ 23 milhões aos cofres públicos, segundo o TRE. Desse total, cerca de R$ 6,5 milhões foram usados para o deslocamento de 4.400 militares, dos quais 3.701 do Exército.

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Para o segundo turno, o orçamento é de R$ 9,5 milhões, sempre de acordo com o TRE.

GILMAR MENDES

Em visita a Manaus, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, defendeu a realização da eleição complementar no Amazonas, apesar do curto tempo de mandato do próximo governador.

"Havia esse jogo de que se podia impugnar o candidato vencedor porque a vitória ficaria no colo do segundo lugar. Isso era uma certa fraude à vontade do eleitor", afirmou, durante entrevista coletiva na tarde deste domingo (6).

"Ao invés de anularmos as eleições e chamarmos o segundo lugar ou de estarmos discutindo uma eleição indireta, que também dá traumas para a democracia, estamos realizando uma eleição direta com a participação de todo o povo amazonense", completou.

Ele disse não ver semelhança entre o Amazonas, onde o TSE cassou tanto o governador quanto o vice, e a absolvição do presidente Michel Temer no processo de cassação da chapa formada por ele e Dilma Rousseff em 2014.

"A diferença é que, no caso da chapa Dilma-Temer, não houve cassação da presidente Dilma, simplesmente se julgou improcedente a ação de impugnação", disse, ao ser questionado pela Folha.

"Em relação ao caso do Amazonas, o TSE acolheu o juízo que já havia sido determinado pelo TRE no sentido da cassação dos mandatos", completou.

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