DANIEL CARVALHO E LUIZA FRANCO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A tropa de choque de Michel Temer trabalhou até a madrugada desta quarta-feira (12) para mobilizar o maior número possível de aliados para garantir 342 deputados em Brasília até sexta-feira (14) quando querem realizar a votação da denúncia contra o presidente em plenário.
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que já começou a conversar com aliados durante a sessão de terça (11), que se estendeu até esta madrugada.
Em outra frente, o governo tem pressionado os partidos da base aliada a fechar questão contra a denúncia. Ou seja, obrigar os integrantes destas legendas a votar a favor do presidente, sob pena de expulsão de suas siglas.
A ordem deve ser cumprida por PMDB, PP, PR e PSD. O Planalto espera a mesma posição de PTB, PRB e PSC.
A deputada Cristiane Brasil (RJ), no entanto, disse que o PTB não fechará questão na CCJ e a tendência em plenário é a mesma.
MADRUGADOR
A oposição madrugou nesta quarta-feira (12) para garantir as primeiras posições na lista de inscrições para o debate na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara da denúncia contra o presidente Michel Temer.
O primeiro a chegar foi Wadih Damous (PT-RJ), que às 7h20 já estava na porta do plenário 1 da Câmara, que só foi aberto às 9h para a sessão marcada para começar duas horas depois.
A deputada Alice Portugal (PC do B-BA) mandou uma assessora para guardar seu lugar.
Para que os parlamentares não perdessem o lugar, assessores trouxeram quentinhas com café da manhã com pão, pão de queijo, café e sorvete de cupuaçu.
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