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Bate-boca marca fim da leitura do voto de relator na CCJ

ANGELA BOLDRINI E DANIEL CARVALHO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Se os ânimos estavam acirrados durante a sessão da CCJ em que o relator, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), leu seu relatório pedindo a aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, o clima co

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2017, 20:05:08 Editado em 10.07.2017, 20:05:08
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ANGELA BOLDRINI E DANIEL CARVALHO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Se os ânimos estavam acirrados durante a sessão da CCJ em que o relator, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), leu seu relatório pedindo a aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, o clima continuou tenso após o final do voto.

Ao término da leitura do relatório, o deputado foi aplaudido pela oposição, e manifestantes do lado de fora da sala gritavam "fora Temer". Houve bate-boca entre deputados da base e da oposição também antes da sustentação oral da defesa de Temer.

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Na saída do plenário, o deputado se envolveu em discussão com os deputados governistas Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Mauro Pereira (PMDB-RS), e ambos os lados tiveram de ser contidos por colegas.

Segundo Zveiter, Perondi, que é vice-líder do governo, teria parabenizado-o ironicamente por ter "virado promotor", e ele teria respondido pedindo que o parlamentar não o tratasse "como aqueles moleques com quem você anda".

O relator afirmou que não teme uma retaliação do governo após o parecer.

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"Como eu não tenho costume de frequentar Palácio, de frequentar ministérios, como não tenho cargo no governo, eu estou absolutamente tranquilo", disse.

Disse também que não teme ser expulso do partido. "Se eles me expulsarem, vai ser problema deles, não meu", afirmou.

REAÇÃO

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O tom adotado pelo relator irritou o Palácio do Planalto.

Já o advogado do presidente, Antonio Claudio Mariz, afirmou que esperava um voto com tom duro. "Em sendo pela denúncia, já esperava que fosse duro, para tentar dar sustentação aos seus argumentos", afirmou.

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O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que o "o relatório, assim como a denúncia, é inepto". Segundo ele, a "base está muito sólida", e a denúncia trata apenas de "suposições".

Ele também negou que a defesa tenha atacado o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Não partimos para cima de quem quer que seja. Tratamos de fatos e os fatos têm se demonstrado fatos que não se sustentam."

Já a oposição comemorou o relatório de Zveiter. Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), o texto "é consistente, objetivo e coloca a Câmara dos Deputados num novo patamar".

"Ele trouxe elementos políticos, mas também jurídicos", afirmou a parlamentar. Segundo ela, as trocas que o governo tem realizado entre os titulares da CCJ são um movimento "desesperado para salvar alguém que está ali, que é Temer, que não tem mais condições de governabilidade".

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