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PF prende mulher de membro da gestão Cabral

ITALO NOGUEIRA E ESTELITA HASS CARAZZAI RIO DE JANEIRO, RJ, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (7) Dayse Deborah Alexandra Neves, mulher do ex-diretor do Detro (Departamento de Transporte Rodoviário) Rogério Onofre.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.07.2017, 19:10:03 Editado em 07.07.2017, 19:10:03
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ITALO NOGUEIRA E ESTELITA HASS CARAZZAI

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RIO DE JANEIRO, RJ, E CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (7) Dayse Deborah Alexandra Neves, mulher do ex-diretor do Detro (Departamento de Transporte Rodoviário) Rogério Onofre. Ela é suspeita de ter uma conta de propina no exterior paga por empresas de ônibus do Rio.

Neves foi detida na rodoviária de Curitiba, ao tentar embarcar para Florianópolis. Ela está na sede da Polícia Federal em Curitiba.

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A prisão foi desdobramento da Operação Ponto Final, que levantou a suspeita de que a Fetranspor (federação das empresas de ônibus) pagou cerca de R$ 500 milhões a políticos entre 2010 e 2016, entre eles o ex-governador Sérgio Cabral. Onofre, diretor do Detro na gestão do peemedebista, teria ficado com R$ 44,1 milhões.

A mulher teve a prisão decretada pelo juiz Marcelo Bretas porque procurou o doleiro Leonardo Aranha na quinta-feira (3), após a deflagração da Ponto Final. Segundo ele, que firmou delação premiada com o Ministério Público Federal, ela tem um saldo de US$ 1,7 milhões em conta no exterior.

Aranha disse que o fundo em nome de Neves era administrado por Alexsander Queiroz Silva, sócio da consultoria de investimentos Aware Investments. Ele é suspeito de gerir o dinheiro da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) depositado no exterior.

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O delator afirmou "ter ouvido dizer" que o fundo administrado por Silva, composto também por recursos da Fetranspor, possui US$ 800 milhões.

Na segunda (3), a operação -ligada à Lava Jato- resultou na prisão de dez pessoas, entre elas Lélis Marcos Teixeira, presidente da federação. A ação foi adiantada depois da prisão, na noite de domingo (2), do empresário Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários de ônibus do Estado do Rio Janeiro, filho do empresário e banqueiro Jacob Barata, conhecido como "Rei dos Ônibus".

Barata Filho foi detido no aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, quando tentava embarcar para Portugal. Foi apreendido com ele um ofício encaminhado pelo Banco Central à Justiça Federal sobre a quebra de sigilo de investigados na Lava Jato.

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A Ponto Final teve como base principalmente a delação do doleiro Álvaro Novis, responsável pelo caixa de dinheiro vivo da Fetranspor desde a década de 1990.

Preso por duas vezes em desdobramentos da Lava Jato, ele conseguiu recuperar dados da movimentação financeira a partir de 2010 em seus arquivos e documentos. É atribuído ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) o repasse de R$ 122,8 milhões. O Ministério Público Federal afirma que o peemedebista recebia "prêmios" após decisões que beneficiassem as empresas do setor.

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Uma delas foi a autorização para reajuste das passagens de 7% em 2009, quando o TCE (Tribunal de Contas do Estado) indicava justificativa para 2%. Outro benefício citado foi o desconto de 50% no IPVA concedido em 2014.

Sabe-se que R$ 240 milhões foram entregues a pessoas com foro privilegiado, motivo pelo qual a delação do doleiro foi homologada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Na segunda, a Fetranspor afirmou em nota que "colabora com as autoridades policiais". Barata Filho negou que tinha a intenção de fugir, como afirmou a PF.

"O empresário estava realizando viagem de rotina a Portugal, onde possui negócios há décadas e para onde faz viagens mensais", diz a nota.

A defesa do ex-governador afirmou "que não houve qualquer pagamento vinculado ao aumento das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro".

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