TALITA FERNANDES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Conselho de Ética do Senado deve arquivar nesta quinta-feira (6) uma representação contra Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar.
Segundo a reportagem apurou, uma articulação entre o PSDB e o PMDB pretendia adiar a análise de um recurso que pode reabrir o processo contra o tucano. Pela conta de senadores dos dois partidos, o processo deve ser arquivado com apenas cinco votos pela reabertura.
Contudo, os partidos decidiram que "não se pode deixar Aécio na chuva", e o caso deve ser encerrado nesta quinta.
A mudança de planos ocorreu depois do retorno de Aécio ao Senado na terça-feira (4). O tucano, que passou 46 dias longe das atividades políticas, teve a decisão de seu afastamento revista pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na última semana.
A representação de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi arquivada no mês passado pelo presidente do colegiado, João Alberto Souza (PMDB-MA), por "ausência de provas".
Randolfe, com apoio de cinco senadores, recorreu da decisão por meio do recurso que será avaliado nesta quinta. Se aceito por maioria dos integrantes, o processo seria automaticamente reaberto.
A acusação contra o senador tucano tem como base a delação do grupo J&F e gravação feita pelo empresário Joesley Batista em que Aécio é flagrado pedindo R$ 2 milhões, além de comentar iniciativas para tentar frear a Lava Jato
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