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ATUALIZADA - Relatório da PF é 'jurídico, não político', diz Temer na Rússia

SÓ PODE SER REPRODUZIDO COM ASSINATURA IGOR GIELOW, ENVIADO ESPECIAL MOSCO, RÚSSIA (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta terça (20) que não comentaria o relatório da Polícia Federal que o acusa de corrupção passiva. "Vamos esperar,

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.06.2017, 14:45:12 Editado em 20.06.2017, 14:45:15
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IGOR GIELOW, ENVIADO ESPECIAL

MOSCO, RÚSSIA (FOLHAPRESS) - O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta terça (20) que não comentaria o relatório da Polícia Federal que o acusa de corrupção passiva. "Vamos esperar, isso é juízo jurídico e não político, e eu não faço juízo jurídico", disse, após evento com empresários e investidores russos em Moscou.

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Antes, o presidente havia se referido à crise política como "uma ou outra observação, que ocorreram justamente quando a economia melhorou". "São fatos desprezíveis e desprezáveis", afirmou à plateia em meio a um discurso padrão de venda de sua agenda de reformas no Congresso, e a melhoria de alguns indicadores econômicos.

Segundo a reportagem apurou, Temer evitou falar sobre o relatório da PF durante o voo para Moscou, até porque não teve conhecimento de seus detalhes. O presidente -que pousou na capital russa às 12h17 (6h17 em Brasília) e enfrentou o horrível trânsito da cidade para chegar em cima da hora para seu primeiro encontro de trabalho às 15h-, iria se inteirar dos detalhes do caso na sequência de seu último evento do dia, uma apresentação de balés internacionais no Teatro Bolshoi. O famoso balé russo homônimo está fora do país.

A PF afirma que ele e Rodrigo Rocha Loures, seu ex-assessor que foi pego com uma mala contendo R$ 500 mil e foi apontado pelo empresário Joesley Batista como recebedor de propina a mando de Temer, incorreram em corrupção passiva.

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No primeiro compromisso de sua visita à Rússia, Temer fez um elaborado elogio do papel do Congresso brasileiro em sua administração, em um momento em que os parlamentares esperam analisar uma denúncia contra o peemedebista na Lava Jato.

A Procuradoria-Geral da República deve apresentar nos próximos dias a acusação formal contra Temer em decorrência da delação dos executivos da JBS.

A Constituição estabelece que essa denúncia só pode ser transformada em processo caso haja aprovação pelo plenário da Câmara, com o voto de pelo menos 342 de seus 513 integrantes.

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"Eu fiz um governo semiparlamentarista, com 90% dos ministros oriundos do Parlamento", disse Temer nesta terça (20) em encontro com o presidente da Duma, a Casa baixa do Parlamento russo, Viacheslav Volodin.

Temer citou como agenda positiva avançada por essa relação à aprovação do teto de gastos públicos e a tramitação das reformas trabalhista e previdenciária.

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De fato, o primeiro ano da gestão Temer obteve avanços de agenda em velocidade pouco vista desde a redemocratização. Desde o estouro do caso JBS, contudo, governo e Congresso estão afetados pela dinâmica da crise, à espera dos próximos desenvolvimentos.

A reforma trabalhista avançou no Senado, onde já estava bem adiantada, mas a da Previdência deverá ficar para o próximo semestre.

A própria visita de Temer no momento em que é acusado de corrupção passiva por relatório parcial da Polícia Federal é uma tentativa de manter a ideia de normalidade de gestão.

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Ao falar com o russo, Temer citou a existência de 28 partidos no Congresso brasileiro, "o que não sei se é bom ou ruim", emendando que 21 deles apoiam o Planalto.

Volodin, por sua vez, disse haver 70 partidos registrados na Rússia, apesar de apenas quatro poderem disputar eleições, e que "quase todos" apoiam o regime de Vladimir Putin –uma obviedade, dada a qualidade da representação oficial da oposição na Rússia.

Por fim, Temer apelou ao tradicional assunto diplomático de mandatários brasileiros, o futebol, dizendo esperar ver uma final entre o time da casa e o Brasil na Copa da Rússia, em 2018. Os russos riram.

AGENDA

Na quarta (21), o presidente brasileiro tem encontro previsto com o presidente russo, Vladimir Putin, com o premiê e ex-presidente Dmitri Medvedev e com a presidente do Conselho da Federação (Senado), Valentina Matvienko.

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