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Quem quer reconhecimento é como corrupto, diz juiz da Lava Jato do Rio

ITALO NOGUEIRA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio, afirmou na noite desta segunda-feira (12) que os magistrados que buscam reconhecimento em sua atividade atuam com um "juiz corrupto". A de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 12.06.2017, 21:30:09 Editado em 12.06.2017, 23:46:53
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ITALO NOGUEIRA

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio, afirmou na noite desta segunda-feira (12) que os magistrados que buscam reconhecimento em sua atividade atuam com um "juiz corrupto".

A declaração foi dada minutos antes de receber a medalha Pedro Ernesto, concedida pela Câmara Municipal do Rio.

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"Esse [receber premiação] não é o nosso objetivo. O juiz que trabalha para ser reconhecido é como um juiz corrupto, que trabalha por outro motivo que não aplicar a Justiça", disse Bretas.

Este foi um dos raros eventos públicos de que Bretas participou desde que o início das ações contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Ele disse que a primeira sentença de processo contra o peemedebista deve ser divulgada no mês que vem.

"Decisões não serão, e não posso dizer se já foram, acertadas em escritórios, restaurantes caros, finais de semana em resorts. Isso não pode acontecer e não ocorrerá", afirmou ele em seu discurso na Câmara.

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O magistrado afirmou que a 7ª Vara Criminal, da qual é titular, deixou de ser um "mercadinho" para se tornar um "supermercado" após o reforço de seis servidores e uma juíza-auxiliar para apoiar a condução dos processos.

"Costumo brincar com minha equipe. Nós éramos um mercadinho e agora somos um supermercado. Não tínhamos a estrutura necessária para as demandas que estão chegando, e as que virão ainda. Mas com esse reforço que recebemos, foi muito importante. Para evitar erros, que uma pessoa não seja intimada, que de alguma forma prejudique uma pessoa de se defender", disse ele, que desistiu de concorrer a uma vaga na segunda instância da Justiça federal.

Bretas disse não concordar com críticos da Lava Jato sobre supostos excessos da operação.

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"Não somos favoráveis ao que se chama de ditadura do Poder Judiciário. Isso não existe. Não é a nossa percepção. Não fomos criados para isso. A ditadura que nós perseguimos e defenderemos sempre é a ditadura da honestidade. Esse aí será nosso trabalho constante. Jamais diria que não há excessos, erros. Somos homens. O importante é que queiramos acertar", afirmou.

A premiação reuniu magistrados da Justiça Federal e líderes evangélicos. A medalha foi proposta à Câmara pelo vereador Otoni de Paula (PSC), pastor da Assembleia de Deus Ministério Missão Vida, a quem o magistrado disse ter conhecido na premiação. Entre os presentes estavam Marco Antônio Peixoto, pastor-presidente da Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul, frequentada por Bretas.

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