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Inclusão de delação marca início de julgamento de Temer e Dilma no TSE

CAMILA MATTOSO, MARINA DIAS, LETICIA CASADO E REYNALDO TUROLLO JR. BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A inclusão de fatos revelados pelos delatores da Odebrecht no processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer marcou a retomada, nesta terça-feir

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.06.2017, 21:45:08 Editado em 06.06.2017, 21:45:11
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CAMILA MATTOSO, MARINA DIAS, LETICIA CASADO E REYNALDO TUROLLO JR.

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A inclusão de fatos revelados pelos delatores da Odebrecht no processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer marcou a retomada, nesta terça-feira (6), do julgamento que vai definir o rumo da crise política que assolou o atual governo.

Os sete ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) retomaram o caso às 19h04, depois de mais de um mês de espera. Eles decidirão, pela primeira vez, por cassar ou não um mandato de presidente da República.

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Embora hoje em lados políticos opostos, as defesas de Dilma e Temer defenderam em parte a mesma tese: a exclusão do processo de depoimentos de ex-executivos da Odebrecht e dos marqueteiros do PT João Santana e Mônica Moura, e que os relatos não sejam considerados prova.

Advogado de Dilma, Flávio Caetano disse no tribunal que o STF (Supremo Tribunal Federal) "já fixou que a palavra de delator é ponto de partida, não de chegada" e que é preciso "ter provas e não palavras".

Os defensores de Temer, Marcus Vinicius Furtado Coêlho e Gustavo Guedes, argumentaram que o caso seria um "alargamento de causa de pedir, que não é possível". "Fatos novos não podem ser alegados", disse Guedes.

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A ação, protocolada em 2014 pelo PSDB, acusa a chapa Dilma-Temer de ter cometido abuso de poder político e econômico na campanha daquele ano, mas não continha, na ocasião, os depoimentos dos delatores.

Caetano, por sua vez, disse que Temer e Dilma não podem ser responsabilizados separadamente pelas contas da campanha, como defendem os advogados do peemedebista, visto que "o que a Constituição uniu, nada separa".

"Se Temer quisesse votar em si próprio? Ele iria à urna, apertaria o 13 e votaria em Dilma Rousseff", disse o advogado da petista.

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Segundo Caetano, o rival de Dilma em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG), baseou o pedido de cassação da chapa em argumentos "infundados" e no "inconformismo" do resultado das urnas.

O advogado de Dilma pediu ainda que, caso a chapa seja cassada, sejam convocadas eleições diretas para escolher um novo presidente.

Antes dos advogados, porém, o relator da ação no TSE, ministro Herman Benjamin, havia feito a leitura de seu relatório. Durante os 48 minutos de sua primeira exposição, Benjamim citou justamente ex-executivos da Odebrecht que foram ouvidos no processo como testemunhas a pedido da própria defesa, que hoje defende que esses depoimentos não sejam considerados. O ministro afirmou que "diligências complementares" foram feitas com o objetivo de "aprofundar investigações", sinalizando que, do seu ponto de vista, devem, sim, ser levados em conta.

Na mesma linha falaram os advogados do PSDB, José Eduardo Alckmin e Flávio Henrique Costa Pereira, que defendem que os fatos apresentados pela Odebrecht devem ser considerados. Maior partido aliado à coalizão peemedebista, o PSDB decidirá se desembarca ou não do governo após o desfecho do TSE.

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