CATIA SEABRA, MARINA DIAS E ANGELA BOLDRINI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O encontro nacional do PT, nesta quinta-feira (1), foi marcado por um constrangimento entre o presidente e o tesoureiro do partido.
O tesoureiro do PT, Márcio Macedo, discordou publicamente do encaminhamento dado pelo presidente do partido, Rui Falcão, ao debate sobre a eleição interna da sigla.
Em janeiro, na definição da pauta do encontro que se encerra neste sábado, o partido aprovou um regimento segundo o qual o modelo de eleições internas ficaria fora do atual congresso.
A tendência de Macedo discorda que essa discussão seja travada neste momento, o que poderia provocar a redução de sua corrente.
Mas a força que quer a mudança dos critérios insiste para que seja discutida já. Ao levar o tema à discussão, Falcão sinalizou com a possibilidade de apoiar que o debate aconteça neste momento.
Contrariados, Macedo e o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, subiram ao palco para protestar.
Macedo disse que não admitia que o acordo de janeiro fosse abordado com descaso.
"Cedemos em janeiro em nome de um acordo. Não vamos permitir que, neste momento político, fiquemos aqui discutindo eleição interna", repete Macedo.
Após a intervenção do tesoureiro, Falcão se desculpou e disse que apresentou o tema da maneira que lhe foi encaminhado pelo grupo de Macedo.
O assunto volta a debate nesta sexta-feira (2).
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