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PT não fará acordo em eventual eleição indireta, diz Lindbergh

MARINA DIAS E CATIA SEABRA BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na disputa pela presidência do PT, o senador Lindbergh Farias (RJ) afirmou nesta quinta-feira (1º) que o partido "não fará acordo por cima" em relação a eventuais eleições indiretas para substituir Mi

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.06.2017, 18:30:02 Editado em 01.06.2017, 21:05:34
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MARINA DIAS E CATIA SEABRA

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Na disputa pela presidência do PT, o senador Lindbergh Farias (RJ) afirmou nesta quinta-feira (1º) que o partido "não fará acordo por cima" em relação a eventuais eleições indiretas para substituir Michel Temer (PMDB), e que a ordem para os petistas é "não votar no colégio eleitoral" caso o presidente seja cassado.

A declaração de Lindbergh, que participa da abertura do 6º Congresso Nacional do PT, em Brasília, é um recado a parlamentares do partido que abriram, nos últimos dias, diálogo com a base do governo na articulação de uma solução via colégio eleitoral caso haja cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O julgamento começa na próxima terça (6).

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Documento que servirá de base para as discussões do congresso afirma que a posição do PT é "inegociável" pela defesa das eleições diretas. "O PT rejeita terminantemente as duas alternativas golpistas. O PT não votará no colégio eleitoral", diz o texto antecipado pela Folha de S.Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabe que há deputados e senadores do PT conversando com a base de Temer e deu a ordem para que a defesa pública do partido seja pelas eleições diretas. Lula avalia que não será possível haver "um nome de centro" entre os candidatos pela via indireta e que o PT teria pouca influência no processo.

No entanto, não impediu nenhum diálogo, justamente para que o partido sinta a temperatura das discussões.

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Questionado sobre um eventual apoio petista a um candidato com o perfil menos comprometido com as reformas, Lindbergh afirmou que isso é "impossível".

"O candidato indireto não tem como prometer que não fará reformas. Senão não terá apoio da imprensa e do capital", afirmou o senador.

CANDIDATURA

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Lindbergh reforçou que manterá sua candidatura contra a de sua colega de Senado, Gleisi Hoffmann (PR), à presidência do PT, para, segundo ele, "marcar posição" no partido.

Candidato de uma ala que se intitula Muda PT, Lindbergh recebeu em abril o apelo de Lula, que apoia Gleisi, para retirar sua candidatura e deixá-la como nome de consenso. O senador, porém, recusou-se a fazê-lo e aliados ainda acreditavam que ele poderia retirar-se da disputa no próprio congresso, que vai até sábado (3).

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Ele, por sua vez, disse que vai até o fim e espera ter de 30% a 35% dos votos.

Gleisi é ré na Lava Jato sob acusação de ter recebido propina para sua campanha no Senado. Lindbergh era investigado mas seu caso foi arquivado por determinação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

MOVIMENTOS SOCIAIS

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Participantes do 6º congresso nacional do PT, coordenadores de movimentos de esquerda informaram ao partido que não há chance de composição para uma eventual eleição indireta para a Presidência da República.

Coordenador da MST (Movimento dos Sem Teto), João Paulo Rodrigues afirmou aos petistas que a militância não aceitaria qualquer acordo nesse sentido.

"Essa ideia não passa no PT. O que me deixou curioso a movimentação do PCdoB", diz.

Coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim diz que qualquer articulação dessa natureza afugenta os eleitores do PT.

Em suas reuniões, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repete que o PT tem que insistir nas eleições diretas. Ele diz, nessas reuniões, que nem petistas nem seus adversários querem. Em um café com deputados, Lula disse ainda que não há qualquer certeza sobre a eventual saída de Temer.

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