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Demitido da Justiça, Serraglio recusa convite para assumir Transparência

BRUNO BOGHOSSIAN BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Osmar Serraglio não aceitou o convite para ser o ministro da Transparência depois de ser tirado do Ministério da Justiça pelo presidente Michel Temer. Ele deve voltar para a Câmara, onde tem mandato de deputad

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.05.2017, 08:35:29 Editado em 31.05.2017, 08:35:32
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BRUNO BOGHOSSIAN

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Osmar Serraglio não aceitou o convite para ser o ministro da Transparência depois de ser tirado do Ministério da Justiça pelo presidente Michel Temer.

Ele deve voltar para a Câmara, onde tem mandato de deputado federal pelo PMDB do Paraná. A consequência da decisão é a saída definitiva do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) em razão da delação da JBS. Loures é suplente de Serraglio e assumiu o mandato do deputado após sua ida para o ministério.

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Loures foi flagrado recebendo uma maleta com R$ 500 mil de Ricardo Saud, executivo da JBS, e está sendo investigado no STF no mesmo inquérito de Temer.

A informação foi dada por Serraglio a deputados da bancada do PMDB. Ele deve se encontrar com Temer na tarde desta terça (30).

Loures perde o foro no Supremo, mas a investigação pode continuar no Supremo porque está ligada a Temer.

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A troca no comando do Ministério da Justiça ocorreu no domingo (28), a menos de dez dias do julgamento da Justiça Eleitoral que poderá cassar o mandato do presidente, marcado para o dia 6 de junho.

O movimento é visto como uma medida para melhorar a interlocução de Temer com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e com o STF (Supremo Tribunal Federal), responsável por conduzir o inquérito contra o peemedebista.

Diferentemente de Serraglio, o escolhido Torquato Jardim já foi ministro do TSE e tem boa relação com os tribunais superiores. Ele é conhecido pelo perfil conciliador, motivo que também o levou a ocupar a Transparência (ex-CGU).

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A saída de Serraglio da Justiça já era discutida desde o início da semana passada pelo peemedebista. A gestão dele vinha sendo criticada por auxiliares e assessores presidenciais pela falta de pulso firme e de resposta rápida diante do aumento de episódios de violência pelo país.

Além disso, havia o receio de que ele fosse citado em delação premiada que tem sido negociada com o Ministério Público Federal pelo fiscal agropecuário Daniel Gonçalves Filho, apontado como o líder do esquema de corrupção descoberto pela Operação Carne Fraca.

Em grampo divulgado em abril, Serraglio chamava Daniel de "grande chefe". Ele telefonou em fevereiro ao fiscal, quando ainda era deputado federal, para obter informações sobre o frigorífico Larissa, de Iporã (PR).

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